Cuidados continuados enfrentam “problemas técnicos e financeiros graves”

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 26-07-2017

A recém-criada Associação Nacional dos Cuidados Continuados (ANCC) disse hoje que as unidades que prestam cuidados nesta área enfrentam “problemas técnicos e financeiros graves” que pretende analisar com o Governo.

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As unidades de cuidados continuados “debatem-se neste momento com um conjunto de problemas técnicos e financeiros graves despoletados com a desvirtuação dos objetivos da Rede Nacional de Cuidados Continuados”, lamenta o presidente da direção da ANCC, José António Bourdain, numa nota enviada à agência Lusa.

Após a associação ter sido constituída por escritura pública, a assembleia-geral em que foram eleitos os primeiros corpos sociais, para os próximos três anos, realizou-se na terça-feira, em Fátima, concelho de Ourém e distrito de Santarém.

“A ANCC tem como objeto a promoção, defesa e dignificação dos cuidados continuados de saúde e apoio social, tem por âmbito geográfico de atuação o território nacional e podem ser associados as pessoas singulares ou coletivas que se dediquem à prestação de cuidados continuados de saúde e apoio social”, segundo o comunicado emitido por José Bourdain, também presidente da Cooperativa de Empreendedorismo para o Desenvolvimento Económico e Social de Todo o País (CERCITOP), de Sintra, onde tem sede a nova associação.

A ANCC realça que a criação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, em 2006, “é uma das grandes evoluções do Serviço Nacional de Saúde desde que ele existe e tem permitido aumentar” a sua capacidade e qualidade.

“A Associação Nacional dos Cuidados Continuados acredita no passado, presente e futuro dos cuidados continuados de saúde e apoio social e quer acreditar que o Governo cumprirá o que tem amiúde afirmado no sentido de pretender aumentar a oferta de camas em cuidados continuados”, adianta.

Este aumento da oferta “deve ser executado em simultâneo com a resolução dos graves problemas que afetam o setor e para o efeito a ANCC enviará de imediato pedidos de audiência” ao primeiro-ministro, à comissão parlamentar de Saúde e ao Presidente da República.

Promoverá ainda reuniões com outros parceiros do setor, “defenderá a qualidade dos serviços prestados mediante a contratação justa e equilibrada” e vai contactar as associações e sindicatos dos profissionais que trabalham nestas unidades.

“A ANCC tem já hoje uma representatividade expressiva no setor, aglutinando associações, cooperativas, instituições particulares de solidariedade social, mutualidades e particulares, dispersos de norte a sul do país, todos associados pelo interesse maior de promoção, defesa e dignificação dos cuidados continuados de saúde”, refere a associação.

 

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