Governo diz que vai abrir de imediato concursos para apoiar região afetada pelos incêndios
O Governo vai abrir “de imediato” concursos para apoiar a região afetada pelos incêndios de junho em áreas como a agricultura, as linhas de água e as empresas atingidas, foi hoje anunciado no final do Conselho de Ministros.
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De acordo com o comunicado emitido pelo Conselho de Ministros, entre as “medidas a executar de imediato” consta a abertura de quatro concursos para apoiar os concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã, sendo um deles no âmbito do Plano de Desenvolvimento Regional (PDR), para o apoio a “ações de emergência florestal e de restabelecimento da atividade agrícola”.
Outro dos concursos será através do Fundo Ambiental, para “intervenções de reabilitação de linhas de águas”, e um terceiro no âmbito do Programa Operacional Centro 2020, para apoio ao restabelecimento da atividade económica das empresas atingidas pelos fogos.
Por fim, o Conselho vai abrir concursos no âmbito do Programa Operacional de Sustentabilidade e Uso Eficiente de Recursos (POSEUR) para apoiar o “restabelecimento das condições de proteção civil e de prevenção e gestão de riscos”.
Além disso, o Conselho de Ministros aprovou também o apoio imediato à reabilitação e reconstrução das habitações destruídas pelos incêndios, a ajuda a famílias que se encontrem em “situação de carência ou perda de rendimento”, bem como “continuar a promover a acessibilidade aos cuidados de saúde por parte das populações”.
“Promover, no domínio do emprego e formação profissional, medidas de intervenção e acompanhamento dirigidas às pessoas e empresas particularmente afetadas”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministro.
Também constam da resolução do Governo a criação de parques de receção de biomassa florestal residual de modo a assegurar “o valor de mercado do material lenhoso ardido”, o apoio para a reposição de infraestruturas de interesse para o turismo e para a divulgação turística da região Centro e, ainda, concluir a reposição das “condições de segurança rodoviária das estradas nacional e itinerários complementares”.
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.
Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
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