Observatório Nacional da Água na Coimbra do Mondego
Os candidatos do PSD à presidência das câmaras de Coimbra – Jaime Ramos, Figueira da Foz – Carlos Tenreiro, Montemor-o-Velho Luís Leal, Penacova – António Simões, Soure – Agostinho Gonçalves e Vila Nova de Poiares – Pedro Coelho fez-se representar por Bruno Ferreira, defenderam hoje a criação de uma entidade para a gestão e desenvolvimento do rio Mondego e um Observatório Nacional da Água.
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Os candidatos, em conferência de imprensa realizada hoje no Parque Verde, em Coimbra, defenderam a criação de um Observatório Nacional da Água em Coimbra e uma entidade para a gestão e desenvolvimento do Mondego, onde participem as autarquias, a administração central (nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente) e representantes das atividades que beneficiam do rio, como é o caso da agricultura, turismo, energia elétrica e indústria do papel.
As propostas em torno do rio, que foram elencadas pelo candidato pela coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT à Câmara de Coimbra, Jaime Ramos, são várias e pretendem garantir “um desenvolvimento sustentável” do Mondego a jusante da barragem da Aguieira, que o rio que nasce na Serra da Estrela é “o recurso mais importante da região”.
Durante a conferência de imprensa, o candidato da coligação “Mais Coimbra” sublinhou que a solução de uma entidade gestora já é utilizada no Alqueva, sendo que o Mondego “é demasiado importante” para não ser “bem gerido” por uma estrutura supramunicipal, beneficiando, desse modo, de um trabalho “em rede” entre todos os concelhos e entidades.
Para além disso, Jaime Ramos alertou ainda para a importância de se trabalhar na prevenção de risco de cheias, referindo que “urge implementar um Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos competente”, com cobertura de toda a bacia hidrográfica do Mondego.
Nesse sentido, será também importante “implementar um programa de requalificação e reabilitação da rede hidrográfica do rio Mondego”, nomeadamente através de intervenções de valorização das suas margens, bem como do desassoreamento na albufeira de Açude Ponte, em Coimbra, e dos afluentes Alva, Ceira, Arunca e Pranto.
Concluir o projeto de aproveitamento hidroagrícola do Baixo Mondego, valorizar o porto da Figueira da Foz ao aumentar-se a acessibilidade a calados maiores, promover um planeamento no povoamento florestal das margens do rio – para prevenção de incêndios e valorização do ambiente -, foram outras das propostas apontadas por Jaime Ramos.
No domínio do turismo, Jaime Ramos propôs a criação de um ecomuseu no Baixo Mondego, um parque temático, trajetos pedonais entre Coimbra e Penacova, uma ciclovia entre Coimbra e a Figueira da Foz, melhoria das condições de pesca desportiva e a promoção da gastronomia assente no rio.
Questionado pela agência Lusa sobre como vai funcionar a entidade gestora e que fundos é que serão utilizados, o candidato pela coligação “Mais Coimbra” explicou que pretende ter uma relação “cordial e exigente” com o Governo, por forma a conseguir fundos para investir na valorização do rio, para onde os municípios também poderão alocar fundos.
Para a cidade de Coimbra, Jaime Ramos alertou para a necessidade de desassoreamento do rio, reconstrução e segurança dos muros nas margens, ligação pedonal entre o Parque Verde e o Choupal, salvaguarda do Mosteiro de Santa Clara a Velha face a inundações e a resolução de “problemas de má imagem”, como é o caso dos “barracões da CP [Comboios de Portugal] e da área do parque” dos autocarros do serviços municipalizados de transportes, sem esquecer “o abandono” do Parque Verde, onde as esplanadas não estão a funcionar desde as cheias de 2016.
Veja tudo o que aconteceu na conferência de imprensa que decorreu no Parque Verde:
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