Coimbra
SEF deteve quinteto que metia prostitutas na beira da estrada
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve, na Figueira da Foz, quatro cidadãos estrangeiros indiciados por vários crimes, designadamente tráfico de pessoas, lenocínio e ofensas à integridade física.
Num processo titulado pelo DIAP de Coimbra e investigado pelo SEF, num espaço temporal muito curto, tendo em conta a gravidade dos crimes autuados, foi desencadeado um conjunto de diligências que culminaram na deteção de cinco indivíduos, dos quais quatro foram detidos, que aliciavam, transportavam e mantinham sob a sua dependência um grupo de mulheres, todas estrangeiras, forçadas a prostituir-se na via pública.
Os avultados lucros obtidos com a exploração sexual das mulheres permitia-lhes uma vida de ócio associada à prática de outros crimes. As cidadãs estrangeiras eram obrigadas a garantir um mínimo diário de rendimentos para o grupo que rondaria os 200 euros, prostituindo-se ao longo da EN 109 e noutros locais da zona centro.
Como forma de evitar o controlo policial, os agora detidos não transportavam as mulheres, deslocando-se estas de transportes públicos e táxis, embora depois, ao longo do dia, fossem sendo controladas pelo grupo, que frequentemente recorria a ameaças e agressões quando as mulheres não cumpriam com as regras e objetivos delineados.
Outra da estratégia utilizada pelo grupo passava pelas constantes alterações dos locais de residência, conforme foi apurado durante as investigações.
Na operação desencadeada pelo SEF, que contou com o apoio da PSP da Figueira da Foz, foi ainda apreendida uma viatura de alta cilindrada e uma importante quantia monetária.
O SEF executou ainda duas buscas domiciliárias em locais onde os detidos pernoitavam juntamente com algumas mulheres, tendo sido identificadas cinco cidadãs estrangeiras, uma das quais procurada pelas autoridades do seu país a instâncias de familiares.
Presentes a tribunal para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação, dois dos arguidos vão aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva, enquanto os outros são obrigados a apresentações diárias e impedidos de sair da freguesia de residência, entre outras medidas.
O SEF contou com catorze inspetores na ação que decorreu durante um período de cerca de 24 horas.
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