Opinião
Acerca da política
LÚCIA SANTOS
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O nosso país vive hoje uma das mais graves crises de sempre, fruto das imensas decisões irresponsáveis, de um sem fim de políticas desajustadas e de políticos cuja seriedade deixa muito a desejar.
Na verdade, ao longo dos últimos anos a política e a corrupção apareceram, infelizmente, muitas vezes lado a lado.
É uma vergonha e é inaceitável que alguém que está na política, que deveria ter como único propósito servir a população, se preste a um papel tão desprezível, mas é tão culpado o político como os cidadãos que se predispõem a corromper, o que faz deste problema uma questão de base relacionada com a natureza humana.
Parece que mergulhamos na era do politicamente correcto, esquecendo muitas vezes que é o moralmente correcto, esse sim, que importa.
No Parlamento assistimos a debates que parecem autênticas peças de teatro onde todos querem o papel principal, esquecendo-se que o que o povo quer é ouvir propostas, que lhes sejam apontadas soluções e que a proximidade entre o governo e a sociedade civil aumente.
É por isso necessário que se passe a encarar a política como aquilo que ela realmente é, um serviço e uma forma de cidadania activa, e, através dela, trabalhar para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
É verdade que não é fácil estar hoje na política, pois os erros do passado dificultam o presente, mas uma coisa é certa, a democracia sem políticos não funciona. Por esta razão, cabe-nos a todos a difícil tarefa de inverter esta situação e de uma vez por todas! Como disse o Papa Francisco, não podemos fazer de pilatos e lavar as mãos. “Devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum”
LÚCIA SANTOS
Presidente da Juventude Popular de Coimbra
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