Jaime Ramos, candidato à Presidência da Câmara de Coimbra pela coligação PSD/CDS/PPM/MPT, considera que a situação da urbanização Jardins do Mondego “é uma ferida grave na imagem de Coimbra. Como está, com obras inacabadas, é um escarro na beleza do Parque Verde”.
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Em declarações junto ao empreendimentos fantasma, Jaime Ramos exigiu que a Caixa Geral de Depósitos, dona do empreendimento através de um fundo Imobiliário, conclua as obras com urgência. Se Caixa o não fizer então terá de demolir as construções inacabadas. Coimbra não pode aceitar a manutenção da situação atual.
O candidato do PSD/CDS/PPM/MPT aconselhou Manuel Machado, actual Presidente da Câmara de Coimbra, “a deixar o imobilismo e a ir a Lisboa exigir à administração da Caixa que conclua o investimento”.
Os portugueses estão a pagar quase 3 mil milhões de euros de prejuízos da Caixa, lembra Jaime Ramos. A conclusão da urbanização Jardins do Mondego, com a venda dos apartamentos e outras frações, permitirá à CGD recuperar investimento e com isso diminuir imparidades, conclui o social democrata.
Se necessário o Presidente da Câmara deve exigir ao Primeiro-ministro, António Costa, que intervenha pondo fim a esta embrulhada lesiva dos interesses de Coimbra”.
Jaime Ramos recordou que estamos perante uma história triste com 21 anos, iniciada em 1996: Foi o atual Presidente de Câmara, Manuel Machado, que em 1996 aprovou a primeira deliberação camarária permitindo que o promotor inicial fizesse a cedência de parcelas para o Parque Verde (antigo laranjal) em troca de direitos de construção.
21 anos é tempo mais que suficiente para não se continuar a adiar soluções e se exigir medidas: Foi Manuel Machado que esteve no início deste imbróglio; urge que o tente solucionar em vez de fazer de conta que tudo está bem. O promotor inicial foi Emídio Mendes, recorda Jaime Ramos.
Jaime Ramos faz a cronologia deste mau posta ilutsrador que dá pelo nome de Jardins do Mondego: Em 2005 se descobriu-se que estavam a ser construídos oitavos pisos, com andares T5 duplex, à venda por 900 mil euros. Estes pisos eram ilegais e violavam as áreas previstas de construção. Em maio de 2006 terminaram as demolições destes oitavo pisos ilegalmente construídos. Em janeiro de 2009 o Tribunal administrativo concluiu que o lote 1 (junto às finanças) e o 18 (estacionamento) estavam em zona verde. Em 2011 é deliberado que o lote 18 do estacionamento passe para o domínio público. Em Outubro de 2013 a Câmara divulga que os lotes do 2 ao 17 estavam legais. Em 2014 é aprovada a revisão do PDM na câmara Municipal que veio a ser ratificada na atual assembleia Municipal presidida por Luís Marinho.
Jaime Ramos salienta que “a manutenção desta situação de ruínas inacabadas impede a continuação das obras de melhoria do Parque Verde (incluindo uma estufa que pode constituir uma interessante atração turística) e a ligação dos Arcos do Jardim ao Mondego através do Jardim Botânico”.
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