Cidade
“Protelar a construção da Maternidade de Coimbra é aumentar a agonia das duas maternidades”
“Protelar a construção da Maternidade de Coimbra é aumentar ainda mais a agonia das duas maternidades existentes na cidade. A realidade já é alarmante, não podemos esperar mais nem deitar para o lixo estudos técnicos efetuados desde 2012”.
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É esta a reação do presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, face ao Despacho assinado pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que cria e define a composição do grupo de trabalho para estudar, até dia 15 de abril, a nova Maternidade de Coimbra (Despacho 1897-A/2017).
“É inadmissível voltar a criar mais um grupo de trabalho quando, em 2012, foi delineado um projeto com base numa avaliação técnica multidisciplinar” assume Carlos Cortes. Em seu entender, este despacho é a prova de que o Governo faz o contrário do que promete uma vez que “deita para o lixo uma avaliação técnica fundamentada e amplamente debatida”.
Em seu entender, “o processo da futura maternidade de Coimbra deve basear-se na evidência técnica e não em interesses políticos. Não devíamos estar a criar mais comissões e grupos de trabalho. Precisamos, urgentemente, de uma maternidade, o projeto existe, até já houve um reforço do capital estutário do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”.
Carlos Cortes destaca ainda: “É num mês que se faz um estudo com esta complexidade? Este é o exemplo paradigmático de criar comissões para nada fazer”.
“A Maternidade Bissaya Barreto e a Maternidade Daniel de Matos, tal como estão, continuam isoladas e funcionam à margem do processo de fusão que criou o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) em 2012. Estamos a colocar em risco a existência de serviços com qualidade assistencial reconhecida. Continua a faltar uma visão global do CHUC que é absolutamente fundamental para cimentar a fusão hospitalar e aprofundar mais ganhos em Saúde para a região”, acrescenta o presidente da SRCOM que, em dezembro último, denunciou o desprezo da tutela face às maternidades de Coimbra. “Os equipamentos e os espaços físicos não são reabilitados desde 2012. É inadmissível protelar a solução. Está na altura de lançar o concurso para a construção de uma maternidade em Coimbra”, conclui Carlos Cortes.
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