Coimbra
Real Confraria da Cabra Velha certifica Museu da Chanfana
A Real Confraria da Cabra Velha vai certificar o restaurante “Museu da Chanfana”, localizado junto ao Parque Biológico e Hotel Parque Serra da Lousã, na Quinta do Paiva em Miranda do Corvo.
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O restaurante “Museu da Chanfana” foi idealizado pela Fundação ADFP, com início de atividade no verão de 2009, no sentido de homenagear a gastronomia tradicional assente em carne de cabra velha.
O nascimento deste restaurante da entidade liderada por Jaime Ramos aparece associado aos factos históricos com fotografias explicativas sequencial da confecção dos pratos tradicionais.
Para além de servir os nossos pratos tradicionais foi sempre reconhecido pela sua excelência nos pratos tradicionais à base de carne de porco como sarrabulho, bucho e os enchidos.
A Real Confraria da Cabra Velha vai certificar o restaurante “Museu da Chanfana”, no dia 7 de outubro, pelas 19:00.
A Real Confraria da Cabra Velha tem como principal objetivo defender, promover e divulgar a carne de cabra velha e os pratos que lhe estão associados, nomeadamente a Sopa de Casamento, a Chanfana, os Negalhos e o Chispe como característicos de Miranda do Corvo e seus pratos de eleição.
A nossa gastronomia está profundamente associado a um povo pobre, que vivia com muitas dificuldades, inteiramente associado ao “ciclo da carne de cabra” aproveitando quase integralmente um produto, tirando partido daquilo que a Natureza colocou à sua disposição.
Segundo apontam os elementos históricos, a Chanfana teria, eventualmente, surgido no Mosteiro de Santa Maria de Semide, instituição religiosa pertencente atualmente à freguesia de Semide. A generalização do seu consumo ocorre após a 3ª Invasão Francesa, apoiada numa região com tradição na produção vinícola e da indústria de transformação de barro. Até finais do séc. XIX, todos os agricultores e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros, com dependência do Mosteiro e explorado nas suas rendas pelas Monjas Beneditinas, onde os pastores pagavam o tributo com cabras. Compreensivelmente, a população libertava-se dos animais mais velhos que já não lhes davam o leite e se reproduziam. Como as monjas não tinham disponibilidade nem meios para manter tão grande rebanho, descobriram uma fórmula para cozinhar e conservar a respetiva carne, aproveitando o vinho que lhes era entregue pelos rendeiros e demais ingredientes.
O Real Decano, Sérgio Sêco, dissse a NDC que “seguindo a lógica de defesa, promoção e divulgação da nossa gastronomia, a Real Confraria da Cabra Velha desafio a restauração num contexto de certificação com base na confecção própria do Concelho de Miranda do Corvo.
Nesse sentido, deu início ao processo de “Certificação de Restaurantes” que disponibilizem nas suas ementas os pratos resultantes do aproveitamento ancestral da cabra, nomeadamente a Chanfana, os Negalhos, a Sopa de Casamento e o Chispe”.
Os restaurante “Zé Padeiro”, “A Cancela” , em Miranda do Corvo, e “Coimbra Taberna”, no Chiado (Lisboa) já foram certificados pela Real Confraria da Cabra Velha
Os próximos estabelecimentos a certificar são o restaurante “Travessa dom Tapas”, na Lousã , “A Parreirinha” e “Estação dos Sabores”, em Miranda do Corvo.
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