A Farmácia Universal, na Praça 8 de Maio em Coimbra, enfrentou grandes desafios durante o apagão de segunda-feira, 28 de abril.
Em entrevista ao Notícias de Coimbra, a diretora técnica da farmácia, Filipa Estevão revelou as preocupações que surgiram com a interrupção do fornecimento de eletricidade, especialmente em relação à manutenção de medicamentos sensíveis à temperatura.
“Quando o apagão aconteceu às 11:30, as nossas primeiras preocupações foram responder à população. Muitos clientes começaram a entrar em pânico, e nós não tínhamos uma resposta clara para dar”, explicou. A farmácia, que depende de sistemas automatizados, como o robô que gere a venda de medicamentos, viu-se sem eletricidade, tendo recorrido à UPS e a um pequeno gerador para manter a operação. Contudo, a capacidade dos sistemas foi limitada, tendo a farmácia conseguido manter-se operacional apenas até cerca das 16:00.
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A maior preocupação durante o apagão estava relacionada com os produtos que exigem temperaturas controladas, como vacinas e insulina. “Estes produtos são a nossa maior preocupação, pois têm de ser mantidos dentro de uma faixa de temperatura específica. A UPS e o gerador aguentaram até ao final da tarde, mas se a situação se prolongasse por mais tempo, teria sido muito mais complicado”, contou.
Filipa Estevão sublinhou que, caso uma situação semelhante aconteça novamente, a farmácia está a considerar a compra de uma UPS de maior capacidade, que permita garantir o funcionamento por mais horas em caso de falha de energia. “Se houver uma próxima vez, talvez seja necessário um sistema mais robusto que consiga garantir que os medicamentos sensíveis ao frio permaneçam em boas condições durante mais tempo”, afirmou.
Sobre a possibilidade de investir em energias renováveis, a diretora técnica reconhece que os painéis solares não são uma opção viável, uma vez que o prédio não pertence à farmácia. No entanto, há uma abertura para a instalação de geradores com maior capacidade, que possam garantir mais autonomia em situações de emergência.
Quando, finalmente, a luz voltou perto das 19:30, foi um “suspiro de alívio” para a equipa da Farmácia Universal. No entanto, Filipa Estevão reafirma que este tipo de situação coloca em evidência a vulnerabilidade de estabelecimentos como farmácias e hospitais a falhas energéticas. “Os sistemas de backup como UPS e geradores não são eternos e, por isso, todos devemos estar preparados para situações imprevistas”, concluiu.
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