Os membros que representam o Município de Oliveira do Hospital na Assembleia Intermunicipal (AI) da Região de Coimbra apresentaram uma moção, aprovada por unanimidade, para avançar com a construção do Itinerário Complementar 6 (IC6), apelando ao próximo Governo para que “desencadeie para já os procedimentos que possam assegurar o prolongamento do IC 6 até à Covilhã, dando assim cumprimento ao Plano Rodoviário Nacional”.
Na sua intervenção, José Carlos Alexandrino manifestou a “profunda preocupação e urgência na concretização do prolongamento do IC6, uma infraestrutura rodoviária considerada vital para o desenvolvimento e coesão territorial da região da Serra da Estrela e do interior centro de Portugal”.
A moção sublinha que a ausência da conclusão do IC6, que atualmente termina abruptamente em Catraia dos Poços, Oliveira do Hospital, tem implicações profundas a nível económico e a nível social.
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No documento, os membros da AI recordam que a construção do troço do IC6 entre Tábua e Folhadosa, no concelho de Seia, com um investimento assegurado de 38 milhões de euros provenientes do Leilão 5G, já tem procedimentos em curso pela Infraestruturas de Portugal, S.A.. Nesse sentido, apelam veementemente ao próximo Governo da República Portuguesa para que, assim que o projeto de execução estiver concluído, lance de imediato o concurso público internacional para a construção desta fundamental via.
Adicionalmente, a moção enfatiza que o Plano Rodoviário Nacional identifica a conclusão integral do IC6, no troço entre Tábua e Covilhã, como um projeto estratégico de importância fulcral para a conectividade e o futuro da região. Desta forma, Oliveira do Hospital apela igualmente ao próximo Governo para que inicie, desde já, os procedimentos necessários para garantir o prolongamento do IC6 até à Covilhã, cumprindo assim o estabelecido no Plano Rodoviário Nacional.
A conclusão do IC6 é reiterada como uma questão de coesão territorial e justiça para as populações dos territórios de baixa densidade. “Apesar do reconhecimento da importância estratégica desta obra por sucessivos governos, a sua concretização tem sido inexplicavelmente adiada, com as comunidades locais a suportarem as consequências negativas deste esquecimento”, enfatizou José Carlos Alexandrino.
A moção defende ainda que avançar com a construção do IC6 representa mais do que o cumprimento de uma promessa: “é um sinal inequívoco de que o interior de Portugal não pode continuar marginalizado. Esta infraestrutura permitirá que estes concelhos deixem de estar “no fim da linha”, abrindo caminho para reais oportunidades de crescimento económico e desenvolvimento sustentável”.
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