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Morte do Papa Francisco reacende profecia de 900 anos que prevê o fim do mundo

Imagem: MIGUEL A. LOPES/ LUSA
A recente morte do Papa Francisco, aos 88 anos, reacendeu o interesse em torno de um misterioso manuscrito com quase 1000 anos, guardado nos arquivos do Vaticano.
Trata-se da chamada Profecia dos Papas, um texto atribuído ao bispo irlandês São Malaquias, que, segundo alguns crentes, poderá prever o Dia do Juízo Final e indicar que Francisco foi o último Papa da história da Igreja.
O documento, datado do século XII, ganhou notoriedade após a sua descoberta no final do século XVI por um monge beneditino, Arnold Wion. Nele estão descritas 112 enigmáticas frases em latim que, alegadamente, identificam todos os papas desde Celestino II até ao atual pontífice.
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A última passagem sugere que, após um período de grande perseguição à Igreja, virá um papa identificado como “Pedro, o Romano”, que guiará o povo em tempos de tribulação, culminando com a destruição de Roma, a “cidade das sete colinas”, e o julgamento final da humanidade.
Para os que acreditam na veracidade desta profecia, o falecimento de Francisco e a ausência de um sucessor evidente parecem alinhar-se com os sinais do fim. Uma interpretação adicional, baseada no início do papado de Sisto V, indica que o mundo terminará 442 anos após o seu pontificado, precisamente em 2027, pode ler-se na EuroNews.
Apesar da crescente curiosidade popular, os especialistas em história da Igreja e em teologia mantêm-se céticos. Muitos académicos defendem que o documento não passa de uma falsificação do século XVI, criada com fins políticos e religiosos. Além disso, a própria Bíblia alerta contra tentativas de prever o fim dos tempos: “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai.”
E enquanto o mundo especula, a Igreja prepara-se para despedir-se de Francisco, o Papa que tanto inspirou com a sua simplicidade e que, em vida, também enfrentou o peso de uma lenda antiga.
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