Alberto Morais Mendes é o proprietário da empresa Cut Cut Unipessoal, Lda que tem em curso a construção de dois edifícios na Rua Adriano Lucas (Estrada de Eiras).
Cansado de ser “um saco de boxe” no município de Coimbra, decidiu ir à reunião do executivo municipal de terça-feira. Consigo tinha um conjunto de sete questões que queria formular a dois vereadores em particular – Ana Bastos e Miguel Fonseca.
Na intervenção inicial, explicou que há uma década que procura um espaço em Coimbra. Neste período de tempo, mandou mails para o Gabinete de Apoio ao Investidor não tendo recebido resposta às questões por ele formulada.
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Em 2021, recorda, insistiu tendo obtido algumas respostas, mas a solução proposta (Coimbra iParque) não foi possível de concretizar pelo facto de não ser possível “juntar lotes”.
“O nosso espaço (pretendido) é grande”, afirmou no período de atendimento ao público. A solução acabou por recair na Rua Adriano Lucas, tendo depois de “62 mails enviados, 5 respostas recebidas e uma reunião” decidido vir à reunião da câmara para obter respostas.
“Não me venho queixar, mas posso garantir que vamos sair de Coimbra”, frisou, antes de fazer as perguntas.
Para a vereadora Ana Bastos, a questão dizia respeito à melhoria do espaço público do investimento que está a decorrer na Rua Adriano Lucas. O objetivo é acabar com toda a cablagem aérea que ali existe e “enterrá-la”. “É normal que, desde novembro de 2024, ninguém responda”, questionou.
Do lado do executivo, a vereadora Ana Bastos confirmou a realização da reunião em novembro e já depois em fevereiro deste ano. “O que me dizem é que nessa reunião (fevereiro) as respostas foram todas dadas lá no local”, afirmou.
Ou seja, para “enterrar as infraestruturas”, teria de entregar um projeto junto da E-Redes e da Altice, o que fez, estando de acordo com a vereadora “já concluída”, tendo o empresário mostrado o estado em que se encontram os passeios ao fim de 3 semanas.
Depois, e já dirigindo-se ao vereador Miguel Fonseca, lamentou que a autarquia não “tenha um bocadinho para falar com os empreendedores” que, no caso, estão a fazer um investimento da ordem dos 4 milhões de euros.
“Nós parecemos uns pedintes à procura”, afirmou, lamentando por outro lado por sõ na reunião com o diretor António Albuquerque lhe ter sido colocada a hipótese de ter redução de taxas urbanísticas.
Miguel Fonseca fez um histórico de todo o processo, principalmente da vontade de adquirir lotes no CoimbraiParque e da resposta dada de que iriam investir em Eiras.
“Eu diria que o historial é longo, se calhar era mesmo melhor marcar uma reunião para dirimir esta questão”, afirmou.
Só que, apesar desta vontade do executivo, o empresário acabou por lamentar o facto do município ter “algum problema com a indústria”.
Dessa forma, afirmou que já colocou à venda os edifícios da Rua Adriano Lucas e que irão sair de Coimbra. “Nós em Eiras, eu creio que estamos a fazer um edifício que, enfim, dignifica o espaço. E o edifício vai ficar bem interessante. Mas quer dizer, estou preocupado em fazer os arranjos exteriores que não são da minha responsabilidade e parece que tudo trava, tudo empanca e não é de hoje”, disse, aproveitando para de seguida deixar o galardão de Mérito Empresarial que a autarquia lhe atribui na cerimónia final do Coimbra Invest Summit de 2023.
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