Coimbra

20 anos de espera chegam ao fim. Obras arrancam para mudar a vida em Lôgo de Deus

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 4 horas atrás em 22-04-2025

A empreitada para a instalação da rede de drenagem de águas pluviais na Rua António Correia de Oliveira e na Estrada de Lôgo de Deus, em Coimbra, foi oficialmente consignada esta terça-feira, 22 de abril.

A cerimónia decorreu junto ao Reservatório de Santa Apolónia e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, do presidente da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, Luís Correia, do presidente do Conselho de Administração das Águas de Coimbra, Alfeu Sá Marques, e do representante da empresa adjudicatária Diagonal Fusion, Paulo Jorge.

A intervenção representa um investimento de cerca de 840 mil euros e prevê um prazo de execução de 390 dias, com início efetivo das obras marcado para 28 de abril. A empreitada visa resolver os graves problemas de drenagem que afetam esta zona há cerca de duas décadas, com impacto direto na segurança e qualidade de vida da população local, sobretudo em períodos de chuva intensa.

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Para Alfeu Sá Marques, presidente da Águas de Coimbra, esta é uma obra “com uma dimensão significativa”, cuja execução, apesar de não ser uma responsabilidade direta da empresa, já que os sistemas de drenagem pluvial cabem ao município, é assumida através de um entendimento institucional com a Câmara. “Estas obras são cada vez mais importantes para as populações, perante o aumento de fenómenos extremos relacionados com as alterações climáticas”, sublinhou.

Já Luís Correia, presidente da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, lembrou a longa luta da população por esta infraestrutura: “É um problema que tem, talvez, mais de duas décadas”. Esta intervenção era essencial e urgente. A estrada está degradada, com muitos problemas devido “à ausência do coletor de águas pluviais”.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, refere que é uma obra estrutural. Destacou a importância da separação entre águas residuais e pluviais como forma de reduzir os encargos com o tratamento de águas, salientando que “não é a Câmara que paga, é o povo. São sempre os mesmos que pagam tudo, são as pessoas. Porque não há nada gratuito, nem a Câmara tem uma fábrica de dinheiro”. Sublinhou ainda que esta intervenção se insere numa estratégia mais ampla de requalificação das infraestruturas urbanas, tal como as obras associadas ao Metrobus.

“E esta é mais uma obra, uma obra que vai incomodar as pessoas durante um ano, mas que, no final, vai resolver vários problemas”, afirmou o autarca. “No fim, vai reduzir os custos das águas residuais que eram entregues no Choupal, porque as águas pluviais vão diretamente para o rio. Portanto, reduz os encargos financeiros para os munícipes. Além disso, no final, todo este cerca de 1,5 km de estrada, que vai ser envolvido de rua, que vai ser envolvido nas obras, depois vai ser repavimentado e, portanto, as pessoas vão ficar com uma estrada requalificada”, salientou.

Paulo Jorge, representante da Diagonal Fusion, expressou o empenho da empresa em cumprir com rigor e qualidade: “É com todo o prazer que vamos dar o nosso melhor nesta empreitada. Temos uma relação de confiança com as Águas de Coimbra e, se possível, concluiremos a obra antes do prazo.”

O estaleiro da obra já está a ser montado, e as primeiras valas começarão a ser abertas a partir de 28 de abril. Serão também implementados desvios de trânsito e alterações em percursos de autocarros, sendo a população informada com antecedência sobre todas as mudanças.

A sessão terminou com um brinde simbólico, com água em nome de uma obra que representa mais um passo na modernização das infraestruturas de Coimbra e na resposta às necessidades reais da população.

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