Justiça

Conduziu alcoolizado, matou mãe e filha, e voltou a repetir o crime

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 21-04-2025

Imagem: DR

O Ministério Público quer que um homem de 39 anos fique proibido de conduzir para sempre, depois de ter estado envolvido num trágico acidente que resultou na morte de duas mulheres, mãe e filha, no início de 2023, no IP2, entre Beja e Évora.

O automobilista, que seguia sob o efeito de álcool, já tinha antecedentes por condução perigosa e, meses após o acidente fatal, voltou a ser apanhado a conduzir embriagado.

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Segundo o despacho de acusação, citado pelo Jornal de Notícias, a 21 de janeiro de 2023, o arguido conduzia um Audi A4 com uma taxa de álcool no sangue de 1,68 g/l e em excesso de velocidade. Circulava de forma desatenta quando, a poucos quilómetros de Beja, embateu violentamente na traseira de um veículo onde seguiam seis pessoas, dois adultos e quatro crianças, provocando ferimentos. O embate projetou esse carro contra outro que circulava no sentido oposto, conduzido por Sandra Ramos, de 43 anos, que seguia com a mãe, Maria Francisca Ramos, de 77. Ambas morreram no local.

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O condutor do Audi conseguiu sair do carro pelo próprio pé, mas foi posteriormente transportado para o Hospital de Beja e transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Os testes realizados confirmaram o elevado teor de álcool no sangue.

O MP acusa agora o arguido pelos crimes de condução perigosa e condução sob influência do álcool, considerando ainda que deve ser-lhe retirada, de forma definitiva, a possibilidade de voltar a conduzir.

A procuradora responsável pelo caso sublinha que o homem voltou a ser detido a conduzir sob efeito de álcool apenas dez meses após o acidente mortal. Em novembro de 2023, foi condenado a 90 dias de multa e a uma inibição de conduzir por quatro meses, já cumprida. Também em 2020, tinha sido condenado por condução perigosa, com pena de multa e inibição de condução durante cinco meses.

Apesar do histórico e das condenações anteriores, o arguido pode atualmente circular livremente ao volante, uma vez que nenhuma sanção se encontra ativa. Irá ser julgado no Tribunal de Beja por um coletivo de juízes.

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