Política

PS acusa Governo de estar desaparecido perante encerramento de urgências na Páscoa 

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 horas atrás em 18-04-2025

Imagem: PS

A dirigente do PS Mariana Vieira da Silva acusou hoje o Governo de estar desaparecido perante o encerramento de urgências hospitalares e considerou que o setor da saúde tem a “marca das promessas não cumpridas” da AD.

Numa declaração aos jornalistas na sede nacional do PS, em Lisboa, Mariana Vieira da Silva acusou o Governo de, na última campanha eleitoral, em 2024, ter “criado expectativas” e apresentado “uma situação de facilidade e de rapidez” na resolução dos problemas da saúde, mas “tem vindo a deteriorar a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

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A também cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Lisboa disse que o Governo “interrompeu reformas que estavam em curso, substituindo-as por um plano, supostamente com resultados em 60 dias que não resultou”, além de ter afastado “não só dirigentes do Ministério da Saúde, como também inúmeras administrações hospitalares.

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“E tudo isso contribuiu para nós termos hoje, e nesta Páscoa, os portugueses numa situação de maior indefinição quanto aos serviços a que podem recorrer e com mais serviços encerrados do que tivemos no ano passado”, acusou, referindo-se ao facto de estarem oito urgências fechadas no sábado e dez no domingo.

Mariana Vieira da Silva, membro do Secretariado Nacional do PS, considerou que o setor da saúde é “a marca das promessas não cumpridas” da AD, salientando que a coligação integrada por PSD e CDS-PP tinha prometido médicos de família para todos os portugueses, o fim das listas de espera e a resolução dos problemas das urgências e o que se verificou um agravamento em todos esses setores.

“E queria ainda destacar que, tal como tem acontecido em todos os momentos de alguma dificuldade, o Governo desapareceu e ninguém vê nem o primeiro-ministro, nem a ministra da Saúde, a dar a resposta que os portugueses precisam e merecem quanto a esta situação”, criticou.

Questionada sobre como é que o PS vê a possibilidade de a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, poder vir a ser nomeada para o cargo, uma vez que é cabeça de lista nestas legislativas, Mariana Vieira da Silva afirmou que quem escolhe os candidatos são os líderes dos partidos.

“Mas há uma coisa que eu não posso deixar de dizer: não tem justificação que, neste momento, ninguém do Governo dê a cara por esta situação, dê uma palavra aos portugueses, e isso não é justificado por nada. (…) O PSD reage sempre aos problemas desaparecendo e ficando em silêncio”, acusou.

Interrogada sobre que medidas é que o PS defende para resolver tanto a falta de médicos de família como o encerramento de urgências, Mariana Vieira da Silva afirmou que a primeira diferença do partido relativamente ao PSD é que não promete resolver os problemas da saúde em 60 dias.

Depois, a dirigente do PS referiu que o partido, no seu programa eleitoral, procura responder ao problema da escassez de profissionais de saúde com propostas para melhorar a atratividade da carreira, como através da flexibilização de horários e um apoio para médicos que aceitem deslocar-se para regiões com escassez de profissionais, entre as quais precisamente onde há urgências encerradas este fim de semana.

Mariana Vieira da Silva afirmou ainda que é preciso “olhar para as urgências no seu todo, garantir que elas trabalham em rede”, considerando que isso implica “uma proximidade do Governo e da direção executiva às administrações dos hospitais”, o que considerou não se verificar atualmente.

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