Política
Pedro Nuno Santos espera ser ouvido pelo Ministério Público antes da campanha

Imagem: Facebook
O secretário-geral do PS afirmou hoje esperar ser ouvido pelo Ministério Público antes do início da campanha eleitoral, considerando que é do interesse de todos que o seu caso seja clarificado, e recusou “qualquer equivalência” com Luís Montenegro.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao lar de idosos do Centro Social de Pêro Pinheiro, em Sintra, Pedro Nuno Santos foi questionado se já entregou um requerimento para ser ouvido pelo Ministério Público sobre a averiguação preventiva na qual é visado e que envolve a aquisição de duas casas.
“O requerimento ainda não foi entregue, mas será entregue na próxima semana”, respondeu o secretário-geral do PS, manifestando a esperança de poder ser ouvido antes do início do período da campanha eleitoral para as legislativas, que começa oficialmente em 04 de maio.
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“Acho que era importante, até porque ontem [quinta-feira] foi noticiado um arquivamento sobre o mesmo caso, com base supostamente nas mesmas notícias, há um ano. Portanto, obviamente isto tem impacto, confunde as pessoas, e é injusto, porque precisamos de ter todos os dados para fazer as nossas escolhas”, referiu, frisando ser “do interesse de todos” que o seu caso seja clarificado.
Questionado sobre o facto de Luís Montenegro ter dito que não precisa de “atacar pessoalmente” adversários para fazer política, Pedro Nuno Santos defendeu que a “avaliação dos líderes políticos é fundamental numa campanha”.
“Eu percebo bem que o PSD não queira falar do que é o perfil dos candidatos, mas tem de falar porque, quando vamos para uma campanha eleitoral, avaliamos um projeto e quem os vai liderar”, frisou.
O secretário-geral do PS considerou que essa avaliação política “não é um tema irrelevante” e defendeu que “não há qualquer tipo de equivalência” entre o caso que o envolve e os de Luís Montenegro.
“O que mais me preocupa é que se gere a confusão nas pessoas e que toda a gente ficar a achar que [os políticos] são todos iguais. Não, não são todos iguais e, como eu já tive a oportunidade de dizer, eu não sou igual a Luís Montenegro”, frisou, reiterando que a avaliação que os partidos fazem sobre os líderes “é uma avaliação importante que não pode deixar de estar na campanha”.
“Eu percebo que não queiram fazer no que me diz respeito a mim, porque percebem que não me podem comparar com Luís Montenegro, mas a verdade é que nós faremos sempre um trabalho sobre o país, o projeto que queremos para o país, mas evidentemente também está em avaliação o perfil de cada um dos candidatos”, referiu.
Sobre se sabia que o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto arquivou, há um ano, uma denúncia sobre os mesmos que levaram agora à abertura desta averiguação preventiva, Pedro Nuno Santos disse que só soube pela comunicação social.
“Como também tive conhecimento pela comunicação social de uma averiguação preventiva sobre a forma como paguei as minhas casas”, disse.
Esta quarta-feira, o MP abriu uma averiguação preventiva que visa o secretário-geral do PS pela aquisição de duas casas.
Pedro Nuno Santos disse não temer o escrutínio e disponibilizou-se para ser ouvido sobre este tema pelo MP, tendo publicado esta manhã, no ‘site’ de campanha do PS, documentação sobre a compra das duas casas.
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