Os problemas estruturais graves nas galerias que dão acesso aos lotes 10 a 17 do Bairro do Ingote vão ficar resolvidos no prazo de um ano.
As obras de requalificação foram consignadas na segunda-feira, 14 de abril, no Salão Nobre da Câmara de Coimbra. Trata-se de um investimento da ordem dos 400 mil euros e com um prazo de 365 dias.
A degradação dos elementos estruturais de betão armado levou a autarquia a solicitar ao Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade (Itecons) a elaboração de um projeto técnico para requalificação das Galerias do Ingote.
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A solução apresentada prevê a desconstrução das lajes que se encontram em pior estado, a redução do peso dos enchimentos nas restantes e a instalação de soluções mais leves, permitindo a requalificação de pilares e vigas, que serão mantidos.
A intervenção será realizada com os edifícios habitados e com estabelecimentos comerciais em funcionamento, o que exige um planeamento rigoroso para garantir a segurança dos acessos e a continuidade dos serviços essenciais.
A rede de drenagem das águas pluviais só pode ser interrompida por pequenos períodos e em dias sem previsão de chuva. Têm de manter-se em funcionamento as redes de gás, eletricidade e telecomunicação, podendo ser interrompidas por períodos inferiores a uma hora, após aviso prévio aos habitantes com três dias de antecedência.
O último condicionalismo impõe que cada tramo de laje seja demolido integralmente de forma a poderem montar-se todas as madres transversais e só no fim as chapas e o revestimento de pavimento.
Até que este procedimento esteja concluído não se pode avançar para o tramo seguinte, a menos que o acesso ao lote esteja assegurado pelo lado oposto, por tramos não iniciados ou já concluídos.
A saída do edifício pode ser assegurada pelas escadas dos lotes 10, 14 ou 17 e, ainda, pela rampa nascente se já estiver instalada.
De forma a minimizar o impacto na rotina dos residentes e comerciantes, a obra vai exigir equipas multidisciplinares a operar com pequenos desfasamentos de tempo, garantindo maior fluidez na execução.
No que respeita às infraestruturas, a estratégia passa por adiantar ao máximo todos os novos trabalhos e só depois de concluídos se proceder ao corte das infraestruturas existentes para ligação rápida às novas redes.
A cerimónia, presidida pelo presidente da câmara José Manuel Silva, contou ainda com a presença
da vereadora da Habitação Social, Ana Cortez Vaz, do presidente da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, Luis Correia, bem como dos responsáveis dos serviços municipais envolvidos e da empresa adjudicatária, Ramalpombeiro – Construções, Lda.
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