O julgamento de Fernando Valente, acusado do homicídio de Mónica Silva, grávida da Murtosa, está prestes a começar com um novo detalhe a marcar o processo.
As três juízas que compõem o coletivo responsável pelo julgamento já têm um histórico de decisões que envolvem a família de Mónica Silva. A juíza-presidente, Diana Nunes, foi a responsável pela condenação do pai da vítima, Alfredo Silva, em fevereiro de 2024, por um crime de tráfico de menor quantidade, dá conta o Jornal de Notícias.
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Alfredo Silva, de 58 anos, foi sentenciado a dois anos e dois meses de prisão com suspensão da pena, desde que cumpra as condições impostas pelo tribunal, que incluem regime de prova e a possibilidade de ficar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. Durante o julgamento, foi revelado que nem todos os crimes pelos quais Alfredo Silva era acusado, como de tráfico de cocaína, crack e haxixe, foram provados, e os que foram considerados com menor gravidade.
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Além disso, a juíza-presidente Diana Nunes, que lidera o coletivo no caso do homicídio, tem uma ligação pessoal com a vítima. Foi ela que tratou do processo de divórcio de Mónica Silva, que acabou por não ser concluído devido ao desaparecimento da jovem, a 3 de outubro de 2023. Este contacto prévio com a família de Mónica gerou algumas questões sobre a imparcialidade do julgamento, embora Diana Nunes tenha afirmado que não haverá influência em sua atuação.
O tribunal decidiu que o julgamento será realizado à porta fechada, sem acesso ao público ou jornalistas. Apenas notas oficiais serão emitidas pelo tribunal, contendo as informações que este considere pertinentes. A medida visa, segundo a juíza-presidente, assegurar a integridade do processo e a privacidade das partes envolvidas.
Este julgamento promete ser um marco importante, não só pela gravidade do caso, mas também pelas conexões pessoais e antecedentes dos envolvidos.
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