Uma clínica de fertilização in vitro (FIV) em Brisbane, na Austrália, está no centro de uma polémica após admitir ter transferido o embrião errado durante um tratamento. O erro, classificado como humano, levou uma mulher a dar à luz uma criança que não é geneticamente sua, mas sim filha de outro casal.
O diretor da clínica Monash IVF, Michael Knaap, veio a público na passada quinta-feira pedir desculpa, afirmando que a equipa está “devastada” com o sucedido. “Lamentamos profundamente o que aconteceu. Continuaremos a prestar apoio às pessoas envolvidas neste momento extremamente delicado”, declarou em comunicado.
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O caso foi detetado em fevereiro, quando os pais da criança solicitaram a transferência dos embriões congelados para outra clínica. Durante o processo, foi identificado um embrião a mais do que o previsto. A análise subsequente confirmou que um embrião pertencente a uma paciente diferente tinha sido descongelado e implantado por engano.
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Apesar de alegar possuir protocolos laboratoriais rigorosos e mecanismos de verificação em várias etapas, a clínica reconheceu que falhou. A data exata do incidente não foi divulgada, mas a Monash IVF garante ter contactado os pacientes afetados no prazo de uma semana para apresentar desculpas e disponibilizar apoio.
Contudo, nas redes sociais, a postura da empresa tem gerado críticas. Vários utilizadores acusam a clínica de ignorar o escândalo, uma vez que continua a publicar conteúdos sem qualquer menção ao caso. “Isto é mesmo o melhor que conseguem colocar na vossa página neste momento?”, questionou uma seguidora no Facebook, espelhando a indignação de muitos.
O caso levanta novas preocupações sobre os riscos associados aos tratamentos de fertilidade e à necessidade de reforçar os mecanismos de controlo nas clínicas que os realizam.
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