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Profecia aponta o fim do mundo em 2027

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 semana atrás em 11-04-2025

Nos últimos dias, um livro misterioso e polémico voltou a alimentar debates sobre o destino da Igreja Católica e até mesmo sobre o fim do mundo.

O ponto de partida para este ressurgimento de discussões foi a recente hospitalização do Papa Francisco, que reacendeu as interpretações sobre as profecias de São Malaquias, um arcebispo irlandês do século XII que alegadamente previu a sucessão dos papas até ao fim dos tempos.

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Mas o que diz exatamente a famosa Profecia dos Papas de São Malaquias? E há realmente fundamento para acreditar que o mundo possa acabar em 2027, como algumas interpretações sugerem?

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A Profecia dos Papas, que remonta a 1139, é um texto misterioso que, segundo a tradição, foi escrito por São Malaquias após uma visão durante uma visita a Roma. Durante este momento, Malaquias teria recebido revelações sobre os futuros papas da Igreja Católica, associando a cada um deles uma breve e enigmática frase, que supostamente refletiria características da sua vida, brasão ou contexto do pontificado.

Este texto, durante séculos, foi desconhecido até ser redescoberto pelo monge beneditino Arnold Wion em 1595, nos arquivos secretos do Vaticano. Desde então, as frases enigmáticas começaram a ser analisadas, com muitos a afirmarem que, até ao século XVI, as previsões correspondiam de forma assustadora aos papas seguintes. Contudo, a partir desse ponto, os historiadores tornaram-se mais céticos, questionando a veracidade da profecia, especialmente no que se refere aos papas posteriores, dá conta o NCultura.

A parte mais alarmante da profecia diz respeito ao último nome na lista: Pedro, o Romano. Segundo o texto, este papa será o responsável por liderar a Igreja Católica durante um período de grandes tribulações, que culminarão na destruição de Roma e no Juízo Final. O trecho final da profecia descreve:

“No último período da Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que conduzirá o seu rebanho através de muitas tribulações. Depois, a cidade das sete colinas será destruída e o terrível Juiz julgará o povo. O fim.”

Embora a profecia não mencione diretamente o Papa Francisco, há quem acredite que o próximo papa após Francisco poderá ser o tal enigmático “Pedro, o Romano”, e que a sua ascensão ao trono papal seria um sinal do iminente Apocalipse.

Uma das interpretações mais controversas da Profecia de São Malaquias sugere que o fim do mundo ocorrerá em 2027, um ano que surge a partir de cálculos feitos a partir de uma alegada soma simbólica de períodos presentes em outras profecias, incluindo as de Nostradamus. Esse cálculo envolve a adição de 442 anos a partir de 1585, ano em que, segundo algumas teorias, a profecia de Malaquias teria alcançado o seu auge.

Embora não exista uma explicação clara ou consenso sobre a exatidão desta previsão, o simples facto de a data de 2027 ser mencionada em algumas interpretações das profecias tem dado margem para especulações e teorias apocalípticas. Para muitos, a combinação dos sinais de São Malaquias e outros eventos históricos parece construir uma narrativa que leva a um futuro sombrio e imprevisível.

Apesar das muitas interpretações populares, a Igreja Católica nunca validou oficialmente a autenticidade das profecias de São Malaquias, e os estudiosos têm abordado essas previsões com ceticismo. De acordo com especialistas em história e religião, as previsões são mais um exemplo de como os humanos buscam interpretar eventos e circunstâncias com base em textos antigos e enigmáticos, muitas vezes projetando medos e esperanças na tentativa de encontrar respostas para o desconhecido.

O que é certo é que a discussão sobre o futuro da Igreja e o fim do mundo continuará a alimentar debates e a atrair curiosos, especialmente à medida que o Papa Francisco avança na sua idade e na sua saúde, e a figura do próximo Papa ganha cada vez mais relevância. Seja o que for que o futuro reserve, as profecias de São Malaquias continuam a lançar sombra sobre a Igreja Católica, mantendo viva a chama da especulação sobre o que pode realmente acontecer no final dos tempos.

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