Celestino Silva, de 78 anos, e Fernanda Lemos, de 71, foram encontrados sem vida na cave da residência onde viviam, em Macinhata do Vouga, Águeda, na tarde de quarta-feira, 9 de abril.
As autoridades apontam para um pacto suicida, motivado por problemas de saúde que ambos enfrentavam, indica o Correio da Manhã.
Segundo relatos de vizinhos e familiares, o casal mostrava-se calmo e aparentemente bem-disposto nos dias que antecederam a tragédia. Na manhã de quinta-feira, tomaram o pequeno-almoço na pastelaria do filho de Fernanda e, como era habitual, almoçaram no restaurante do mesmo, localizado a poucos metros da casa.
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Por volta das 16:20, o filho recebeu uma chamada do padrasto que o alertou para o sucedido. Ao deslocar-se de imediato à habitação, encontrou já os dois sem vida.
O filho recebeu um telefonema arrepiante do padrasto. “A tua mãe já está, eu sou o próximo”, terá dito Celestino, instantes antes de pôr termo à vida.
Vizinhos asseguram que a relação do casal era harmoniosa e não há memória de conflitos. “Tinham preparado tudo. Havia duas cordas, isto foi planeado por ambos”, comentou uma vizinha àquele jornal.
Celestino recuperava de um problema na próstata e esteve internado durante seis meses numa clínica no Caramulo. Já Fernanda mostrava-se mais debilitada, embora o casal mantivesse alguma autonomia. Ambos tinham regressado do Luxemburgo há vários anos, onde viveram como emigrantes, e continuavam a visitar com frequência o país, onde reside uma das filhas de Fernanda.
A Polícia Judiciária esteve várias horas no local a realizar diligências, não havendo indícios de crime externo. Os corpos foram transportados para o Instituto de Medicina Legal de Aveiro, onde serão autopsiados.
As cerimónias fúnebres, a cargo da Agência Funerária Macinhata, estão marcadas para este sábado, às 17:00, na freguesia de Segadães, Águeda, localidade de origem do casal.
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