A 8ª edição da prova conhecida por muitos como a “Clássica das Aldeias do Xisto” passa a designar-se “Troféu Região de Coimbra – Aldeias do Xisto” e terá um percurso renovado que liga o mar à serra, desde a marginal da Figueira da Foz até à histórica Aldeia das Dez, em Oliveira do Hospital, ganhando assim uma dimensão territorial mais ampla e reforçando o seu posicionamento como uma referência no calendário velocipédico nacional.
O “Troféu Região de Coimbra – Aldeias do Xisto”, apresentado ao final da tarde de ontem, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, vai para a estrada dia 13 de abril e marca um novo ciclo, com a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) a assumir a organização direta da prova, mantendo o apoio da Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, mas alargando a sua base de cooperação à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC) e à Turismo Centro de Portugal, entidades que, com o seu envolvimento ativo, afirmam o compromisso com o desenvolvimento do território através do desporto.
No total, a organização espera a participação de cerca de 125 ciclistas de 14 equipas (nove do pelotão profissional e das cinco equipas de clube, as melhores equipas de formação), que irão percorrer 151,2 quilómetros, de um percurso renovado, que tem início na Figueira da Foz, “um município que se está a afirmar no ciclismo” e vai passar pelos concelhos de Montemor-o-Velho, Coimbra, Penacova (1ª meta particular), Tábua (2ª meta particular) e termina concelho de Oliveira do Hospital (3ª meta particular), em concreto na Aldeia das Dez.
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Cândido Barbosa, presidente da FPC, aludindo à Figueira Champions Classic, “grande prova que se faz na Figueira”, agradeceu aos presidentes de Junta que muito colaboram para a prática da modalidade, considerando que são “eles os obreiros que ajudam a que a formação esteja de pé.”
O responsável federativo deixou uma palavra especial à CIM RC e à ADXTUR pela “nova roupagem e dinâmica que deram a uma Clássica que se vai tornar um Troféu”. Cândido Barbosa salientou que gostaria que, de futuro, esta prova possa chegar a mais municípios e a mais aldeias de xisto e sublinhou a importância da mesma, não só “enquanto espetáculo desportivo”, mas também como “evento capaz de criar uma dinâmica turística e “ser um “input à economia local “.
Por seu lado, Sérgio Sousa, coordenador nacional de Estrada da FPC e também diretor de prova, sublinhou que apesar considerar que esta edição não tem o “percurso mais duro em termos de relevo”, acredita que “as equipas vão apresentar-se com o seu melhor plantel, a sua melhor estratégia”, pois está e “é uma edição belíssima, é um verdadeiro roteiro que poderia estar em qualquer guia turístico do ciclável”.
Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil e vice-presidente da CIM RC salientou que o “ciclismo é um dos desportos mais democráticos que há” e que este troféu é uma “marca que se pretende afirmar nesta ligação do mar à serra”, que é “porventura uma das mais valias e um dos aspetos mais diferenciadores.”
No seu entender vai permitir “um retrato mais variado daquilo que é este grande território desta grande Região de Coimbra, com uma diversidade tão grande de paisagens, de alternativas”.
O mesmo chegou mesmo a apostar que “sendo um desafio para o diretor da prova”, nos próximos 20 anos, este não terá qualquer dificuldade em organizar 20 edições todas elas com percursos diferentes mantendo este propósito de ligação do mar à serra.
Já o presidente da ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto e vereador do Município da Pampilhosa da Serra, Rui Simão, salientou o facto da CIM RC ser a maior do país e de, através deste novo percurso, se poder “fazer uma viagem ao contrário”, desde a Figueira da Foz até aos pontos do território da Região de Coimbra (RC)que estão por descobrir.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, que vai acolher a chegada da prova, frisou que “foi uma decisão inteligente fazer esta prova”, emblemática” e “motivadora por várias razões”, pois, “de facto, une o litoral ao interior da região”.
Já Manuel Domingues, vereador do Desporto da Câmara Municipal da Figueira da Foz, , frisou que a Figueira da Foz se tem vindo a afirmar a cada dia, não só, mas também no ciclismo e que tem vindo a fazer um esforço adicional para contribuir para eventos de relevo.
O autarca lembrou que a “Figueira tem pergaminhos no ciclismo”, lembrando os saudosos Alves Barbosa e Bento Pessoa e, atualmente, o jovem Afonso Eulálio.
Para Manuel Domingues “fazer acontecer uma prova destas é um grande orgulho para a Figueira”, pois “tem tudo para ser um grande evento da Região de Coimbra”, que se tem “afirmado no panorama nacional de eventos e turismo”, do qual a “Figueira da Foz não pode ficar de fora”
O mesmo advogou que tem toda a lógica a prova iniciar-se na Figueira, “não só este ano, mas nos próximos”.
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