O ministro da Presidência afirmou hoje que a atribuição da nacionalidade portuguesa tem um “efeito de chamada” sobre os imigrantes e defendeu que o futuro Governo deve alargar o prazo, que é agora de cinco anos.
Em conferência de imprensa, na sequência da divulgação do relatório intercalar da recuperação de processos pendentes na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), António Leitão Amaro explicou que o prazo, abaixo da média comunitária, é fator de atração de imigrantes, que procuram beneficiar essa medida.
A lei da nacionalidade já foi sujeita a alterações nesta legislatura, estabelecendo o prazo de cinco anos apenas após a atribuição do atestado de residência e não do pedido, como antes sucedia.
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Apesar disso, “sentimos que também há uma contribuição para esse efeito de chamada da lei de nacionalidade como ela existe hoje”, explicou Leitão Amaro, considerando que “é importante reponderar o prazo, quer a forma de contagem”.
Sobre os atestados de residência das juntas de freguesia, um “instrumento que é relevante nas políticas públicas e que tem sido objeto de abusos”, o Governo quer rever as regras com “medidas anti-fraude”.
O ministro defendeu, em concreto, “limites ao número de pessoas que podem ser atestadas por cada testemunha e por imóvel”.
Leitão Amaro acusou ainda o PS e o Chega de terem chumbado a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) na PSP, criando problemas no controlo de quem chega.
O Governo vai avançar ainda antes das eleições antecipadas de 18 de maio com a criação de centros para receber pedidos de asilo, já aprovados quando estava em plena funções, e defende um “novo regime e mais eficaz de afastamento de imigrantes ilegais”.
Por outro lado, o ministro defendeu que devem ser abertos novos canais de reagrupamento familiar, mas essa medida “tem de atender à capacidade de resposta do país e dos serviços públicos”.
São “soluções novas” a “implementar por um Governo na plenitude de funções”, explicou o ministro.
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