Saúde

Novo teste ao sangue pode revolucionar tratamento de Alzheimer

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 7 horas atrás em 07-04-2025

Uma descoberta inovadora poderá mudar o rumo do tratamento da doença de Alzheimer. Investigadores suecos desenvolveram um teste sanguíneo capaz de identificar não só a presença da doença, mas também a sua fase de progressão, o que permitirá um diagnóstico mais preciso e personalizado para os pacientes.

Os resultados, publicados na prestigiada revista Nature Medicine, mostram que o teste pode distinguir entre as fases iniciais e tardias da doença, oferecendo uma ferramenta valiosa para os médicos na escolha do tratamento mais adequado.

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A doença de Alzheimer é a principal causa de demência, caracterizando-se pela perda progressiva da memória e das funções cognitivas, até que a pessoa se torne incapaz de realizar tarefas simples do dia a dia. Tradicionalmente, o diagnóstico da doença é feito através de exames cerebrais complexos e dispendiosos, como a tomografia por emissão de positrões. Porém, esses exames não estão amplamente disponíveis e são difíceis de realizar fora de centros especializados.

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O novo teste sanguíneo foi desenvolvido para avaliar os níveis de uma proteína chamada MTBR-tau243 no sangue, que está diretamente relacionada aos depósitos de tau no cérebro, uma das características principais da doença de Alzheimer. O teste mostrou-se altamente preciso, com uma taxa de 92% de sucesso na identificação das diferentes fases da doença, desde os primeiros sinais até a demência completa, pode ler-se no ZAP.

O impacto dessa descoberta é enorme, pois além de ser simples e acessível, este teste poderá ajudar os médicos a identificar com mais precisão qual a melhor abordagem terapêutica, adaptada ao estágio da doença do paciente. Atualmente, as terapias anti-amiloide são mais eficazes nas fases iniciais da doença, enquanto as terapias anti-tau podem ser mais apropriadas nas fases mais avançadas.

Os investigadores esperam que, com o avanço da tecnologia, o teste sanguíneo esteja disponível para uso clínico em breve, possibilitando uma era de medicina personalizada para a doença de Alzheimer. A possibilidade de diagnosticar e monitorizar a progressão da doença de forma tão eficaz e não invasiva é um marco importante na luta contra a demência, e pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, proporcionando-lhes tratamentos mais adequados ao longo de todo o percurso da doença.

Esta pesquisa abre novas perspetivas para a deteção precoce da doença e uma abordagem mais eficaz na gestão dos sintomas, oferecendo uma luz de esperança para os milhões de pessoas afetadas pela doença de Alzheimer em todo o mundo.

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