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Falta de dadores e a quebra na colheita são as principais dificuldades que a transplantação enfrenta em Portugal
Apesar de a taxa de dadores cadáver e de transplantação em Portugal ser ainda superior à média europeia, a falta de dadores e a diminuição das colheitas de órgãos impedem que o desempenho português na transplantação seja ainda melhor. No dia 20 de Julho, a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) vai promover um evento de comemoração do Dia do Transplante, na Tapada da Ajuda, a partir das 11 horas, para lembrar que doar um órgão é “um ato de transferência de vida”.
“A taxa de dadores cadáver e de transplantação em Portugal ainda é superior à média europeia, no entanto, tem vindo a decrescer desde 2010. Esse decréscimo foi muito significativo em 2012. No primeiro semestre de 2013 houve uma ligeira melhoria no número de dadores mas sem impacto significativo no número de transplantes, pois o aumento da idade média dos dadores condiciona menor aproveitamento dos órgãos colhidos. Felizmente, no transplante renal de dador vivo verificou-se um aumento no primeiro semestre de 2013”, explicar Fernando Macário, presidente da SPT.
No entanto, ainda há muito a fazer na área da transplantação em Portugal. “É necessário corrigir assimetrias entre diferentes regiões do país na colheita de órgãos, é preciso iniciar o programa de colheita em paragem circulatória e é fundamental estimular mais o transplante renal de dador vivo”, defende o especialista.
Neste momento o transplante de órgão sólido mais realizado no nosso país é o transplante de rim, seguido do transplante de fígado e do transplante do coração. “Será desejável aumentar todos os tipos de transplantes pois nunca se conseguem transplantar todos os doentes que necessitam devido à falta de órgãos, sendo o transplante de pulmão o mais deficitário em Portugal”, refere Fernando Macário.
O Dia do Transplante 2013 comemora o 44º aniversário do primeiro transplante em Portugal e, nesta data, a SPT relembra que “a transplantação permite salvar vidas e melhorar a qualidade de vida. Os órgãos de nada servem após a morte, pelo que a doação é um ato de transferência de vida. No caso do rim é possível fazer uma doação em vida a um familiar ou amigo com insuficiência renal terminal ou em diálise e continuar a ter uma vida normal”.
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