O Ministério Público (MP) insistiu hoje no julgamento que o homem que confessou ter matado, em 2023, duas mulheres no Centro Ismaili, em Lisboa, é inimputável e dever ser internado por um mínimo de três anos.
“É manifesta a perigosidade do arguido”, sublinhou, nas alegações finais, a procuradora.
A magistrada acrescentou que, segundo a lei, a medida de segurança é revista anualmente ao fim de três anos, podendo prolongar-se até à pena máxima do crime mais grave imputado a Abdul Bashir, homicídio agravado.
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A procuradora não especificou qual é esse limite.
O cidadão afegão está acusado de dois crimes de homicídio agravado, seis de homicídio agravado na forma tentada, dois de resistência e coação sobre funcionário e um de posse de arma proibida.
Na primeira sessão do julgamento, em 05 de dezembro de 2024, Abdul Bashir alegou que agiu em legítima defesa e que existia uma conspiração para o matar, o que não é sustentado por qualquer indício no processo.
As vítimas mortais no ataque de 28 de março de 2023 foram duas mulheres portuguesas, de 24 e 49 anos, que trabalhavam no serviço de apoio aos refugiados do Centro Ismaili.
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