Os trabalhadores do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) iniciaram esta segunda-feira, 10 de março, mais três dias de greve, mantendo o protesto anunciado no início do ano.
A paralisação foi acompanhada por uma presença ativa na reunião da Câmara de Coimbra, onde os trabalhadores vão expor, a partir das 17:00, as suas reivindicações e exigir soluções concretas por parte do executivo municipal.
João Soares, delegado do STAL afirmou que a manifestação tem como objetivo alertar o presidente da Câmara, os vereadores e a população para a luta dos trabalhadores. “Estamos unidos e é urgente resolver o nosso problema”, declarou.
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A decisão de prosseguir com a greve não foi afetada pelo apelo feito pelo Presidente da Câmara na última sexta-feira, uma vez que, segundo os sindicalistas, a mensagem chegou “tarde e a más horas”. “Assim como aconteceu em fevereiro, veio demasiado em cima da hora, sem tempo útil para cancelar a greve”, reforçou João Soares.
O primeiro dia de greve teve uma forte adesão, com autocarros de trabalhadores a deslocarem-se para o protesto ao longo do dia. “Estou convicto de que a luta se manterá nos próximos dias, porque a razão está do nosso lado”, afirmou.
Os trabalhadores reivindicam a reposição da carreira de agente único, retirada em 2008, e a atribuição de um subsídio de insalubridade e penosidade. No entanto, a Câmara recusou esta última compensação, optando por requerer um outro subsídio ao Governo, sem que até agora houvesse qualquer resposta.
“Em 2021, o presidente incentivou-nos a lutar, dizendo que a nossa situação era indigna e que o problema se resolveria com a mudança na Câmara. Pois bem, a Câmara mudou, mas nós continuamos na mesma”, lamentou João Soares. Houve mesmo quem chamasse de “mentiroso” a José Manuel Silva.
Sem qualquer avanço nas negociações e sem comunicação oficial da autarquia desde a última reunião, os trabalhadores garantem que a greve se manterá até obterem respostas concretas.
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