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“Correu bem, mas há aspetos a melhorar”. Simulacro na A13-1 “causou” 3 mortos

António Alves | 1 mês atrás em 08-03-2025

As autoridades fizeram um balanço positivo do simulacro realizado sábado de manhã na autoestrada A13-1 no sentido Condeixa-Almalaguês.

O alerta, dado às 09:34, referia que tinha havido um acidente ao quilómetro 4 da autoestrada A13-1 (sentido Condeixa-Almalaguês). As viaturas envolvidas eram um autocarro de passageiros e um veículo ligeiro, tendo sido dada informação de que havia vítimas encarceradas.

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“Uma colisão entre um autocarro e um ligeiro que colidiram, tendo o veículo ligeiro ficado debaixo do veículo de transporte de passageiros”, disse o comandante subregional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra.

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Carlos Luís Tavares referiu que foram registadas 46 vítimas, três delas mortais. “Há a “registar” ainda 7 feridos graves, 3 feridos intermédios graves, sendo que o estado deles poderia ter-se agravado no local e 5 feridos legeiros. Num total de 28 também ilesos”, afirmou.

Depois de mais de duas horas de trabalho no local, o responsável considerou que a atuação correu de forma positiva, apesar de haverem alguns aspetos onde há necessidade de serem registadas melhorias.

“A principal dificuldade é sempre o início do teatro de operações. Nunca está organizado, são 46 pessoas a precisar de socorro, e portanto o primeiro indivíduo que chega vê-se sozinho a comandar uma operação. Depois isto é progressivo, vai aumentando o comando e controle, chegam os elementos de comando de Condeixa-a-Nova, chegam os elementos de comando dos corpos de bombeiros aqui vizinhos, que estiveram também presentes, desde logo Miranda do Corvo, Penela, Soure, Coimbra e Montemor-o-Velho”, disse Carlos Luís Tavares.

Veja o vídeo com as declarações das autoridades no final do simulacro

Se o tempo da chegada dos meios correu dentro do previsto, o comandante subregional apontou como um dos problemas detetado a priorização de um dos sinistrados para tratamento. “Situações pontuais que não comprometem o socorro, mas que nós queremos melhorar e que vamos melhorar”, frisou.

Do lado do INEM, a médica Paula Neto explicou que duas das “vítimas mortais” estavam no interior do veículo ligeiro, as quais “já estavam em paragem cardiorrespiratória à chegada das equipas de socorro e uma vítima depois no interior do autocarro”.

Sobre a logística usada pelo instituto neste acidente, a coordenadora explicou que “foi aquela que permitiu dar uma resposta diferenciada neste tipo de situações”. “Além da preocupação e do encaminhamento ou do acionamento inicial dos meios do dia a dia e que estão alocados a esta área territorial (…), nós acionamos meios de exceção que também temos disponíveis, nomeadamente a viatura médica da delegação regional e a viatura de intervenção em catástrofe, a qual nos permite alargar o socorro neste local com a montagem do posto médico avançado para estabilizar inicialmente as vítimas e só depois as encaminhar para as unidades hospitalares”, explicou.

Devido ao elevado número de pessoas sem qualquer tipo de ferimento, houve necessidade acionar os meios do município de Condeixa-a-Nova. Nuno Moita, presidente da câmara, afirmou aos jornalistas que estiveram no apoio a este simulacro meios da Proteção Civil e da Ação Social que receberam os “ilesos” na Casa Amarela.

“Sendo um exercício, como nós sabemos, mostrou que há uma coordenação boa, ótima, aliás, entre o Comando subregional e a proteção civil do município”, disse o autarca.

A autoestrada esteve cortada até ao início da tarde de sábado para a retirada das viaturas usadas no simulacro.

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