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Tarifas dos EUA sobre produtos do Canadá e México entram em vigor

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 horas atrás em 04-03-2025

As tarifas de 25% impostas pela administração Trump aos produtos do Canadá e do México e a duplicação da tarifa universal de 10% cobrada à China entram hoje em vigor.

No caso das importações do Canadá e do México, a medida tinha sido suspensa por um mês após negociações entre os países, mas acabou por avançar apesar dos vários alertas que têm soado.

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A perspetiva de uma escalada da guerra comercial já lançou a economia mundial para uma onda de turbulência, com receio de que a inflação se agrave e o setor automóvel possa vir a sofrer caso os dois maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, o Canadá e o México, sejam sobrecarregados com impostos. Além disso, a Europa também está na mira dos Estados Unidos.

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Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos anunciou que os produtos europeus estarão em breve sujeitos a taxas alfandegárias de 25%.

“Tomámos a decisão e anunciá-la-emos em breve: será de 25%”, garantiu Trump, no final da de uma reunião do seu Governo na Casa Branca.

No que respeita à China, os Estados Unidos decidiram aumentar em 20% as taxas sobre produtos chineses também a partir de hoje.

Em resposta, a China já anunciou que está a ponderar a adoção de medidas contra as exportações agrícolas e alimentares norte-americanas.

“Se os Estados Unidos persistirem na aplicação de taxas unilaterais e oficializarem estas medidas, a China responderá com contramedidas firmes e enérgicas”, advertiu na segunda-feira, 03 de março, o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

A possível retaliação incluiria medidas tarifárias e não tarifárias, com os produtos agrícolas e alimentares dos EUA entre os principais alvos, escreveu o jornal, que cita uma fonte anónima do regime chinês.

Na primeira presidência (2017-2021), Trump teve uma relação tensa com Pequim ao impor várias rondas de taxas sobre bens oriundos da China, às quais o país asiático respondeu com taxas sobre as exportações norte-americanas.

Em janeiro, a China já tinha respondido às taxas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos – 10% sobre as importações de todos os produtos chineses – com uma taxa de 10% a 15% sobre certos produtos dos EUA, além de novos controlos de exportação de minerais essenciais e uma investigação contra o gigante tecnológico norte-americano Google.

A China também protestou contra as últimas taxas dos EUA de 25% sobre importações de aço e alumínio, uma vez que exporta estes materiais para outros países, como o Canadá e o México, que, por sua vez, os vendem aos EUA.

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