Escolas

Greve de assistentes operacionais fecha diversas escolas no distrito de Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 10 horas atrás em 28-02-2025

Diversas escolas no distrito de Coimbra estão hoje encerradas, devido ao terceiro e último dia da greve convocada pela Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), hoje dedicada aos assistentes operacionais.

escolas fechadas nos concelhos de Coimbra, Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), afirmou na manhã de hoje Anabela Cortez, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro, adiantando que a informação sobre a totalidade de estabelecimentos de ensino aderentes só será conhecido ao longo do dia.

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Embora acredite que os centros de saúde não serão fechados, reforçou que os assistentes operacionais deste setor também estão em greve.

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Segundo a sindicalista, que falava em frente à Escola Básica 2,3 Dr.ª Maria Alice Gouveia, um dos estabelecimentos de ensino do concelho de Coimbra encerrado devido à greve, a paralisação “foi convocada por causa das carreiras gerais”.

“Desde 2009 que deixamos de ser auxiliares de ação educativa, passamos a uma carreira geral, que é o assistente operacional. E nós queremos uma carreira com os conteúdos funcionais que nos pertencem”, sublinhou.

Atualmente, sendo assistentes operacionais, realizam diversos tipos de trabalhos, desde o serviço de enfermeiro, até estar em contexto de aula com os alunos quando os professores faltam, vincou, afirmando que “são pau para toda a colher”.

Nas escolas inclusivas, há salas de multideficiência, “onde estão crianças com deficiências graves que não têm qualquer acompanhamento de uma equipa de enfermagem”, cabendo aos assistentes operacionais funções como, por exemplo, dar comida por sonda.

“Estamos a falar de trabalhadores que não têm formação para isso. Quando vamos a um hospital, são os enfermeiros que fazem esse tipo de trabalho […] e nas escolas são os assistentes operacionais”, sustentou.

Os trabalhadores exigem ainda uma melhoria nos salários, referiu Anabela Cortez, vincando que há profissionais com 30 anos de serviço que ganham seis euros a mais do que o salário mínimo nacional, o mesmo que um funcionário que começa agora na carreira.

Ao início da manhã de hoje, as escolas de que já se tinha informação de estarem encerradas eram, em Coimbra, a Escola Básica 2,3 Dr.ª Maria Alice Gouveia, o Conservatório de Música, a Escola da Rainha Santa Isabel, o Centro Escolar do Loreto, assim como “muitas escolas primárias e centros escolares”.

A Dr. Pedrosa Veríssimo e a EB 1,2,3 das Alhadas, na Figueira da Foz, o Campus Educativo de Oliveira do hospital e a Escola Secundária de Condeixa-a-Nova, são outros dos estabelecimentos confirmados.

A Federação Nacional de Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais convocou um greve de três dias, que teve início na quarta-feira e encerra hoje, para reivindicar uma resposta aos problemas dos trabalhadores das carreiras gerais da função pública.

Cada dia da greve é dirigido a uma das carreiras gerais da função pública – na quarta-feira foi dedicado aos técnicos superiores, na quinta-feira aos assistentes técnicos e hoje é voltada para os assistentes operacionais.

Anabela Cortez esclareceu ainda que há mais duas greves agendadas, uma no dia 06 de março, para as carreiras não revistas, e outra no dia 07, para a carreira nova do TAS (Técnico Auxiliar de Saúde).

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