Um homem, de 48 anos, apresentou uma queixa-crime contra a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) após alegadamente ter esperado 36 horas no Hospital de Viana do Castelo para tratar um enfarte.
Ricardo Gonçalves, o utente em questão, afirma ter dado entrada no hospital com sintomas claros de enfarte, mas alega ter sido inicialmente diagnosticado com dores musculares e tratado com analgésicos.
De acordo com a TVI/CNN, o caso remonta a outubro de 2023. O homem procurou o hospital após sentir dores no peito, braço, pescoço e maxilar, sintomas que surgiram após uma sessão de ginásio. Apesar de ter informado a equipa de que suspeitava de um enfarte, devido a um histórico familiar, foi-lhe atribuída uma pulseira amarela e diagnosticado dores musculares.
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O utente alega que durante as 36 horas em que permaneceu na unidade de saúde duas amostras de sangue perderam-se e que apenas 24 horas depois, uma equipa médica suspeitou de um enfarte.
No entanto, devido à falta de capacidade do hospital para realizar intervenções cardíacas e à indisponibilidade do Hospital de Braga, a transferência só ocorreu na manhã seguinte.
Foi submetido a um cateterismo “a sangue frio”, justificado pela gravidade da situação. Os cardiologistas afirmaram que o tempo perdido em Viana do Castelo colocou a sua vida em risco.
Ricardo Gonçalves afirma ter ficado com sequelas permanentes que o impedem de trabalhar, levando-o a considerar a possibilidade de solicitar uma pensão de invalidez. O Ministério Público está a investigar o caso na sequência da queixa-crime apresentada pelo utente.
O Jornal de Notícias tentou obter esclarecimentos da ULSAM, do Hospital de Braga e da Procuradoria-Geral da República, mas não obteve resposta até o momento.
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