Polícias

Mais de 3.000 candidatos à PSP. Números continuam a ser insuficientes

Notícias de Coimbra com Lusa | 43 minutos atrás em 14-02-2025

Cerca de 3.390 jovens concorreram ao concurso para a admissão de novos agentes da PSP, número ligeiramente superior ao dos dois últimos anos, mas considerado insuficiente para a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

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A Polícia de Segurança Pública realizou, entre 21 de janeiro e 11 de fevereiro, um concurso para constituição de reserva de recrutamento para a admissão ao curso de formação de agentes destinado ao ingresso na carreira de agente.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a direção nacional da PSP revela que concorrem ao curso de agente 3.392 candidatos, mais 567 do que no ano passado, quando concorreram 2.825, mais 349 que em 2023 (3.043), mas menos 351 do que em 2022 (3.743) e menos 2.182 do que em 2021 (5.574).

Outros dados a que Lusa teve acesso mostram que os candidatos a agentes da PSP são cada vez menos, chegando a existir na década de 1990 mais de 16.000 candidatos e em 2012 eram mais de 10.000, rondando agora aos 3.000.

Os 3.392 candidatos a agentes da PSP vão passar agora por um processo de seleção, designadamente provas físicas, de conhecimento e de avaliação psicológica, exame médico e entrevista profissional de seleção.

Segundo a PSP, as provas vão iniciar-se “previsivelmente no início de maio”, decorrendo até lá “a fase de apreciação das candidaturas pelo júri, posteriormente a publicação das listas de candidatos admitidos ao concurso, havendo ainda um período para audiência de interessados e resposta às reclamações”.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, considerou o número de agentes baixo, recordando que o processo ainda agora está no início e que ainda faltam as provas de seleção.

“Não é um número interessante”, disse, frisando que um número baixo de candidatos pode refletir-se na qualidade da seleção dos futuros polícias, uma vez que “não há candidatos suficientes”.

Paulo Santos afirmou que as regras de admissão foram alteradas em 2022 e o atual Governo prepara-se para mudar novamente as normas, mas a atratividade da profissão de polícia “não passa pela alteração de portarias”, mas sim na criação de melhores condições salariais e de trabalho.

“Mais candidatos permitiria uma maior seleção e mais atratividade”, precisou.

A ministra da Administração Interna disse esta semana no parlamento que a falta de recursos humanos na PSP “é evidente”, sublinhando que “a desertificação é evidente”.

Margarida Blasco também já anunciou que será aberto um novo concurso para 800 novos agentes, apesar de as vagas terem ainda que ser definidas por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, da Administração Pública e da Administração Interna.

Nesse sentido, o presidente do maior sindicato da PSP recordou que o atual curso de formação de agentes que está a decorrer na Escola Prática de Polícias, em Torres Novas, foi inicialmente programado para 600 vagas, mas acabou por abrir com 500 e atualmente frequentam o curso 470, tendo já desistido 30.

“Face aos candidatos para 800 vagas não é um número elevado”, disse ainda Paulo Santos.

A direção nacional da PSP indicou ainda à Lusa que o último curso que teve mais de 800 alunos foi em 2021, quando entraram no curso de formação para agentes 1.014.

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