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Elas já sabem mais sobre tecnologia. Homens, podem passar o teclado

Notícias de Coimbra com Lusa | 8 horas atrás em 11-02-2025

Imagem: Depositphotos.com

A Universidade Rovira i Virgili (URV), em colaboração com a Universidade Europeia de Madrid, desenvolveu uma ferramenta para medir o fosso digital no trabalho que sugere que as mulheres têm uma competência digital superior à dos homens.

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Esta ferramenta baseia-se em questionários de autoavaliação que permitem medir detalhadamente a competência digital em três indicadores-chave: capacidade, atitude e conhecimento, e compara os resultados por género, setor profissional e identifica pontos fortes e áreas a melhorar.

“Com base neste diagnóstico, podem ser estabelecidas estratégias específicas para reduzir o fosso digital e promover a formação tecnológica das mulheres”, afirmam as autoras deste estudo, publicado na revista Feminismo/s.

“Os resultados preliminares desta ferramenta sugerem que as mulheres profissionais têm uma competência digital ligeiramente superior à dos homens, ao contrário do que acontece fora do local de trabalho”, afirma a investigadora e médica Sònia Sánchez-Canut, que participou no estudo.

O fosso digital entre géneros é uma perceção que começa na infância: vários estudos constatam que esta desigualdade na utilização da tecnologia começa a manifestar-se por volta dos 6 ou 7 anos de idade, fase em que os estereótipos de género podem condicionar a perceção que as mulheres têm das suas competências tecnológicas, apesar de terem um desempenho igual ou superior ao dos homens.

Embora as competências digitais sejam fundamentais para a competitividade no local de trabalho e para o acesso a melhores oportunidades, as mulheres estão muitas vezes em desvantagem devido a fatores que se prendem, por exemplo, com uma menor presença nas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), a falta de modelos femininos nestas áreas ou a segregação de papéis de género no local de trabalho.

Esta ferramenta desenvolvida pela URV “permitirá às organizações conceber programas de formação personalizados e adaptados às necessidades específicas de cada profissional, contribuindo assim para um desenvolvimento mais equitativo na sociedade digital”, explica Mireia Usart, investigadora do Departamento de Educação da URV e uma das autoras do estudo.

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