O violino Stradivarius de 1714 conhecido como ‘Joachim-Ma’ foi vendido em leilão, na sexta-feira, por 11,3 milhões de dólares, um preço abaixo do estimado (12-18 milhões) e que não permitiu bater o recorde do instrumento mais caro.
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“O Stradivarius de Joachim-Ma atraiu a atenção mundial e alcançou um dos preços mais elevados alguma vez conquistados para um instrumento musical, um reconhecimento da sua raridade e importância histórica”, destacou a presidente da Sotheby’s, Mari-Claudia Jimenez, em comunicado.
Mas o instrumento, que foi feito pelo prestigiado luthier italiano Antonio Stradivari há 311 anos, não conseguiu superar o atual recorde detido pelo ‘Lady Blunt’, outro Stradivarius de 1721 vendido por 15,9 milhões de dólares em 2011 e que desde então reina como o instrumento mais caro alguma vez vendido.
O segundo lugar neste ranking é ocupado pelo Stradivarius ‘da Vinci, ex-Seidel’ (1714), vendido pela casa Tarisio em junho de 2022, por 15,34 milhões de dólares.
“Este extraordinário violino (o ‘Joachim-Ma’) representa o auge do artesanato e da história da música clássica. O seu som incomparável e a sua proveniência histórica cativam colecionadores e músicos. Foi um verdadeiro privilégio ter sido confiado a esta obra-prima musical”, acrescentou Jiménez.
O ‘Joachim-Ma’ deve o seu nome aos seus dois proprietários mais famosos, o violinista húngaro Joseph Joachim e o músico sino-americano Si-Hon Ma.
Si-Hon Ma adquiriu o violino em 1969 e, após a sua morte, em 2009, doou-o ao New England Conservatory, em Boston (EUA), para o qual os lucros do leilão foram destinados ao financiamento da “maior bolsa” para estudos musicais naquela instituição.
O leilão foi precedido na sede da Sotheby’s por uma apresentação de uma antiga aluna do New England Conservatory, Geneva Lewis, que tocou “Largo” de Bach para violino solo.
Antes da sua venda na Sotheby’s de Nova Iorque, o Stradivarius ‘Joachim-Ma’ foi levado em digressão para Londres e Hong Kong, atraindo “um interesse internacional significativo de colecionadores, músicos e entusiastas da arte de todo o mundo”, de acordo com a própria leiloeira.
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