Politécnico
Casa do Bispo (re)nasce para acolher serviços do Politécnico de Coimbra
Decorreu esta quarta-feira, 29 de janeiro, a inauguração da Casa do Bispo, em São Martinho do Bispo, em Coimbra.
A cerimónia decorreu neste edifício histórico que agora acolhe parte dos Serviços Centrais do Politécnico de Coimbra. Após uma intervenção significativa, que devolveu dignidade a este Imóvel de Interesse Público, o espaço renasceu, trazendo a vida de volta às suas salas e corredores.
Foi recuperada para servir como o novo “cartão de visita” do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), destacando-se pela sua importância histórica e pela valorização que traz a esta zona da cidade.
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Jorge Conde refere que se pretendia “um espaço com igual dignidade, que desse para os serviços centrais do Politécnico, aqui neste caso para a Presidência do Politécnico, um espaço que quem nos visita pudesse vê-lo como um edifício histórico, que honrasse a história do Politécnico. Nada melhor que a Casa do Bispo, pelos 500 anos de história que tem, por estar integrada no campus mais antigo do Politécnico de Coimbra, que é o campus da Escola Agrária”.
Este espaço “já tem a maioria das unidades orgânicas do Politécnico de Coimbra”, como “duas escolas, o ISCAC e a ESAC, tem a incubadora de empresas, o INOPOL, tem os serviços de ação social, tem o Instituto de Investigação, tem os serviços da Presidência. E portanto, trazer para aqui progressivamente o Politécnico era um objetivo”, explica o presidente do IPC.
“Podíamos ter feito um edifício de raiz, custaria metade do que custou esta recuperação e estaríamos na mesma com o objetivo cumprido. Mas este património era demasiado valioso para não ser recuperado”, acrescenta.
A recuperação está prevista em três fases, mas esta quarta-feira foi a vez de inaugurar a primeira fase. Jorge Conde acredita que “nos próximos quatro, cinco vai ser possível concluir a recuperação”, indica.
O investimento é de cerca de 1 milhão e 400 mil euros. Era “inicialmente mais baixo, mas o facto de termos sido atravessados pela pandemia fez com que os preços disparassem” e “com que a obra se atrasasse” […] Ele foi todo feito com dinheiro da receita do Politécnico de Coimbra e, portanto, tivemos que ir gerindo e tivemos que, de alguma forma, também atrasar outros projetos que estavam previstos, nomeadamente a fase 2 […] que estava prevista para estar concluída no final de 2024, não está sequer começada, e fizemos toda essa gestão no sentido de podermos concluir, pelo menos, esta fase da Casa do Bispo”, aponta.
Após a intervenção de Jorge Conde seguiu-se uma palestra de Pedro Bingre do Amaral, Professor Adjunto na Escola Superior Agrária, que apresentou uma investigação académica realizada sobre a ligação do escritor Luís de Camões à Quinta do Bispo.
“E se Camões, de facto, viveu aqui, Camões que é uma das nossas maiores, se não a maior referência da literatura portuguesa, para nós também é relevante que uma instituição de ensino tenha herdado esse bocadinho de Camões”, afiança Jorge Conde.
A Casa do Bispo faz parte do conjunto arquitetónico da Quinta do Bispo que é constituído também pela Adega, pela Vinagreira, pelo Hangar, pelo Apiário, pela Sirgaria e pelo Chalé do Bispo.
Ao longo dos anos, os edifícios foram sofrendo intervenções que desvirtuaram as suas características originais, nomeadamente a nível de espaços interiores e de arranjo exterior.
Numa primeira fase, realizou-se a reabilitação da Casa do Bispo e procedeu-se ao arranjo urbanístico dos seus pátios e do espaço que contorna o edifício e foi criado um estacionamento de apoio.
Prevê-se, numa segunda fase, a reabilitação dos edifícios da Adega, da Vinagreira, a construção de um edifício de apoio e de três volumes, dois técnicos e um que se define como espaço exterior coberto de receção aos dois edifícios principais e uma intervenção mais profunda a nível de arranjo dos espaços exteriores, nomeadamente da zona de entrada principal com a praça de chegada, parque de estacionamento e escadaria de acesso ao conjunto arquitetónico e da alameda e dos seus espelhos de água com a criação de um percurso pedonal, tirando partido da paisagem singular da Escola Superior Agrária, onde o conjunto arquitetónico está situado.
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