Saúde

PS acusa secretária de Estado da Saúde de ter “mentido despudoradamente” no parlamento 

Notícias de Coimbra com Lusa | 7 horas atrás em 23-01-2025

O PS acusou hoje a secretária de Estado da Saúde de ter “mentido despudoradamente” no parlamento, considerando que a resolução de Conselho de Ministros de nomeação do diretor executivo demissionário do SNS prova que sabia da acumulação ilegal de funções.

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No debate de urgência da véspera, marcado pelo PS sobre o SNS, a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, garantiu que o Governo não sabia da acumulação de funções que levaram à demissão do diretor executivo do SNS, António Gandra d´Almeida, remetendo para o parlamento o escrutínio político deste caso.

Hoje, em declarações aos jornalistas, o deputado do PS João Paulo Correia disse que havia um “novo desenvolvimento” sobre este caso, referindo-se à resolução do Conselho de Ministros da nomeação de Gandra d’Almeida no dia em que o Correio da Manhã noticia que o Governo escondeu acumulação de funções do ex-diretor do SNS.

“A resolução do Conselho de Ministros, assinada pelo senhor primeiro-ministro, tem uma nota curricular extensa, com 32 referências curriculares, onde não consta a passagem pelo hospital de Gaia/Espinho, Faro, Portimão e Guarda, mas diz ‘mantém atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar’”, apontou.

Segundo o deputado do PS, “isto prova que o Governo, a ministra da Saúde, sabiam quando nomearam o doutor Gandra d’Almeida que ele tinha acumulado ilegalmente funções”.

“A senhora secretária de Estado, ontem [quarta-feira] no parlamento, mentiu despudoradamente ao país e aos portugueses”, acusou o PS.

Para João Paulo Correia, a ministra Ana Paula Martins “está em queda livre, sem paraquedas”.

“O senhor primeiro-ministro tenta desesperadamente salvar a senhora ministra da Saúde recorrendo ao ridículo de responsabilizar o Governo anterior por uma nomeação sua. A situação fica cada vez mais impossível para a ministra da Saúde”, acusou.

No debate de quarta-feira, Ana Povo afirmou que o “Governo não tinha conhecimento da acumulação de funções por parte do senhor diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), doutor Gandra d´Almeida”, uma declaração citada hoje pelo deputado do PS aos jornalistas.

Relativamente à acumulação de funções, “não há dúvidas”, referiu a secretária de Estado, para quem “as dúvidas colocam-se no termo em que o regime de acumulações poderia ser realizado” pelo diretor executivo que se demitiu na sexta-feira.

Gandra d’Almeida demitiu-se depois de a SIC ter noticiado que acumulou durante mais de dois anos as funções de diretor do INEM do Norte, com sede no Porto, com as de médico tarefeiro nas urgências de Faro e Portimão e que terá recebido por esses turnos mais de 200 mil euros.

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