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Nevoeiro e frio tiram folga. Coimbra espera uma “visita molhada”
A primeira metade de janeiro de 2025 foi maioritariamente condicionada pelo anticiclone, apesar das rápidas frentes frias que geraram alguma chuva no país. Porém, dentro de poucos dias, espera-se uma mudança no tempo.
Alfredo Graça, geógrafo e especialista da Meteored Portugal analisa a aproximação e possível chegada das depressões atlânticas.
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Até sábado, 18 de janeiro, espera-se a continuidade de tempo estável, com noites e manhãs muito frias, formação de geada, nevoeiro e sincelo nalgumas regiões e ainda o vento de Leste. Mas, a partir de domingo, dia 19, espera-se uma mudança de padrão atmosférico.
De acordo com o cenário mais provável neste momento, a deslocação tendencial do anticiclone de bloqueio para a Escandinávia e oeste da Rússia permitirá a deslocação de depressões cavadas pelo Atlântico. Algumas destas depressões e respetivas frentes terão tendência a aproximar-se de Portugal continental, podendo gerar chuva.
A primeira frente está prevista já para domingo, dia 19, podendo trazer precipitação ao Norte (Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança), Centro (Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Lisboa, Leiria e Santarém) e a alguns pontos do Sul. Além disto, as massas de ar serão mais amenas – tropicais marítimas – pelo que é expectável um aumento generalizado das temperaturas.
Segundo o modelo de referência utilizado pela Meteored, a circulação atlântica prolongar-se-á além da semana de 20 a 26 de janeiro, podendo abranger toda a segunda quinzena de janeiro, isto é, as anomalias de precipitação positivas (10 a 30 mm acima da média climatológica de referência, nalgumas zonas 30 a 60 mm) poderão durar até aos últimos dias do mês em todas as regiões de Portugal continental.
Nos arquipélagos da Madeira e dos Açores também se vislumbra mais chuva do que o normal, embora a anomalia seja mais suave e esteja prevista apenas para a próxima semana.
Com este padrão em vista, uma eventual vaga de frio fica já descartada, uma vez que as circulações atlânticas, associadas aos ventos de Sul e Oeste, nunca costumam provocar temperaturas muito baixas.
Aliás, é importante referir que as temperaturas para as próximas duas semanas deverão registar valores entre 1 e 3 ºC superiores ao normal. Deste modo, um eventual nevão fica restringido apenas aos pontos mais elevados das principais serras portuguesas.
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