Economia

Coimbra debate Construção Metálica

Notícias de Coimbra | 9 anos atrás em 25-05-2016

O potencial económico do setor da construção metálica no futuro será o tema central da próxima conferência organizada pela CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista, que se realiza dia 1 de junho em Coimbra e que contará com a presença do economista João Duque.

estrutura metálica

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O encontro vai debater um setor que registou, em 2014, uma faturação que ascende aos 3 500 milhões de euros, que representa 2% do PIB nacional e será dedicado à apresentação e análise do atual posicionamento económico da construção metálica e dos setores paralelos e complementares na definição do horizonte de trabalho desta indústria nos próximos anos.

De acordo com Luís Simões da Silva, Presidente da CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista «É necessário que o setor planifique e se prepare para os desafios tecnológicos e de investigação, económicos e de liderança que se esperam, e assim se promovam estratégias para a sustentabilidade

económica deste setor e das suas empresas. Esta conferência pretende dar um contributo para uma análise clara do poder económico do setor, que se está a afirmar mais competitivo a cada ano, tanto nos mercados evoluídos do Ocidente, como nos mercados emergentes de vários continentes».

A abertura da conferência estará a cargo de Tiago Abecasis do Conselho de Administração da CMM, que dará uma visão do setor da construção metálica nacional, que nos últimos anos registou um crescimento anual de 20% nas exportações e emprega 26 mil pessoas.

As potencialidades do setor estarão em destaque nas intervenções de Pedro Reis de Almeida, Presidente da Associação Portuguesa de Tintas e de Jorge Nandim de Carvalho, da Direção da Associação Portuguesa de Projetistas e Consultores, que analisarão as capacidades da construção metálica e apresentarão o contributo dos seus setores específicos para esta área.

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O encontro contará ainda com a presença de João Duque, economista, que fará uma reflexão sobre as empresas portuguesas, centrada no tema ‘Sucesso ou Sobrevivência Empresarial’ e de Louis-Guy Cajott, do Arcelor Mittal Luxemburgo, um especialista internacional que apresentará um conjunto de estratégias que potenciem a utilização do aço na construção.

«Este é um setor que tem conseguido dar cartas nos últimos anos, muito por via da sua aposta na inovação e na internacionalização. Os principais destinos são África, Europa e América Latina, concentrando no norte e centro do país, a maioria das empresas», afirma Luís Simões da Silva.

Sobre a aposta na internacionalização, o presidente da CMM, realça que «o mercado internacional sabe bem que as empresas portuguesas conseguem colocar qualquer estrutura metálica em qualquer parte do mundo. Instalação de bases fabris em Marrocos, construção de pavilhões e armazéns na Guiné Bissau ou fornecimento de estruturas metálicas para plataformas de exploração petrolífera em Angola, são apenas alguns projetos com a assinatura nacional. É preciso reforçar que as nossas empresas são de excelência e exportam 80% da produção nacional neste setor.».

O presidente da CMM reforça ainda que «o setor é transversal a várias áreas, nomeadamente, edifícios de habitação e escritórios, fábricas, pontes, viaturas, prospeção de petróleo e gás, estruturas de energias renováveis, ou mesmo, máquinas de produção industrial. Esta transversalidade de utilização, aliada à evolução tecnológica que a indústria do aço tem vivido nos últimos anos, e ao facto dos metais serem 100% recicláveis e com grande durabilidade, sustentabilidade e capacidade de exportação, tem levado a uma crescente procura deste tipo de construção, principalmente nos mercados externos».

Neste âmbito, o objetivo da conferência é alertar a sociedade civil para a importância da construção metálica, quer na construção nova, quer na reabilitação urbana, uma vez que este tipo de construção se adapta facilmente às exigências das zonas urbanas e permite uma maior flexibilidade num menor prazo de execução.

Para o responsável da associação que representa o sector, «as empresas nacionais de construção metálica, podem aumentar a sua presença no mercado nacional, num período em que a construção e obras públicas de raiz ainda se mantêm com número aquém do espectável, se o aço tiver um papel mais preponderante nos projetos de reabilitação, que se prevê que aumentem 70% até 2050».

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