Foi na tarde de domingo, 29 de dezembro, que o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, cumpriu a promessa feita a 23 de novembro de 2023, no Auditório Madalena Biscaia Perdigão, na cerimónia que evocou o primeiro centenário do nascimento de José Pires de Azevedo, de dar cumprimento a uma deliberação de 2012 e fazer constar o nome do ilustre Professor na toponímia desta cidade.
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Por proposta da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, acolhida por unanimidade em reunião da Comissão Municipal de Toponímia e em sede de reunião de Câmara, a rotunda até agora conhecida por Ponte do Galante passou a designar-se Rotunda Prof. Pires de Azevedo.
A aprovação por unanimidade foi um facto que Pedro Santana Lopes evidenciou na sua intervenção, por considerar tratar-se algo raro na Figueira.
“Não há decisão seja ela qual for que não tenha polémica e controvérsia, nem que seja quase o cantar de um pássaro. Mas esta decisão enche-nos a todos de alegria por ter sido por unanimidade. Acho que todas as pessoas de todos os quadrantes, todos os setores, reconhecem a enorme categoria deste senhor, a classe”, salientou Pedro Santana Lopes, que privou com o homenageado, de quem tem “muitas saudades” e que era daquelas pessoas que “que não precisava de falar, bastava olhar para a sua figura para se sentir que está ali alguém especial, alguém com carisma, uma presença muito forte, um saber imenso.”
O autarca expressou ainda o desejo de que “o exemplo dele floresça, germine” e deixou-lhe “onde ele esteja” um “muito obrigado por todos nós”.
A presidente da Junta de Freguesia de Buarcos e São Julião, Rosa Batista, recordou o “Homem enorme, bom”, que foi um “exemplo para os alunos que abraçou ao longo da sua carreira” e que “elevou o nome da Figueira da Foz”.
Rosa Baptista agradeceu ao município o ter acolhido a proposta de local apresentada pela Junta de Freguesia para atribuição do topónimo. Bem enquadrado, e que fará feliz o homenageado, onde quer que esteja.
José João Ribeiro de Azevedo, filho do homenageado, agradeceu à Câmara Municipal (CM), à Junta de Freguesia, a todos os elementos dos serviços de cultura da CM e “a todos os que no passado conduziram a esta homenagem, sem terem para isso sido forçados ou incentivados a fazê-la“.
Agradeceu ainda “a todos os alunos, aos amigos e companheiros rotários”, pois “foram todos eles que fizeram de Pires de Azevedo o que ele foi, pois, um Homem não se faz sozinho, faz-se na amizade, mas também no confronto, nas alegrias e nas tristezas, nos dias calmos e de temporal.”
José João Ribeiro de Azevedo recordou o pai como um homem de paixões, bom, feliz, “alguém que sempre teve tempo para o tempo dos outros. Porque aí havia um tempo dentro do tempo que não tinha tempo”.
Elogiou a escolha do local para a homenagem a seu pai: “E é aqui, neste local privilegiado que se lhe é feita esta homenagem, aqui neste espaço que nos afaga o corpo que o castiga, que amaina a nossa pele ou a eriça, conforme as foras dos dias ou das estações do ano”.
E foi com um sentido “obrigada pela presença, pelo amor e carinho que têm por ele”, que José João Azevedo se dirigiu a todos os presentes. Família, amigos, amigos rotários, autarcas e a Guarda de Honra do Corpo de Bombeiros Sapadores da Figueira da Foz.
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