Primeira Página
Já conhece os guardiões noturnos do tesouro da Biblioteca Joanina de Coimbra?
Fique a conhecer melhor a biblioteca joanina, uma das mais belas do mundo, e perceba também a razão por que há morcegos…
A Universidade de Coimbra é uma bandeira emblemática da cidade onde se encontra e um espaço com uma história ímpar que orgulha Portugal. Esta universidade foi fundada pelo Rei D. Dinis no longínquo ano de 1290. Devido a esse facto, é uma das universidades mais antigas do mundo.
Esta universidade até começou por existir em Lisboa, passando posteriormente para Coimbra, onde se fixou definitivamente em 1537, durante o reinado de D. João III. A Universidade Coimbra é uma atração singular. Ela apresenta um património único, uma história inigualável e está ligada a um vasto conjunto de curiosidades. Por isso, são muitas as pessoas que pretendem visitar esta universidade que se tornou num ponto de interesse imperdível de Coimbra.
PUBLICIDADE
A Universidade de Coimbra foi considerada Património Mundial da UNESCO em 2013, um justo reconhecimento de uma instituição com mais de 700 anos de história e com um património material e imaterial absolutamente fantástico.
Uma das pérolas mais reluzentes deste património que merece ser visitado consiste na sua maravilhosa biblioteca. Fique a conhecer melhor a biblioteca joanina, uma das mais belas do mundo, e perceba também a razão por que há nela morcegos…
A biblioteca encontra-se presente no Palácio das Escolas da Universidade de Coimbra, um espaço mítico do nosso país. Esta biblioteca tem uma beleza singular, um património riquíssimo, uma história singular, que está ligada a curiosidades que são autênticas preciosidades.
D. João V foi um rei que investiu muito do dinheiro da coroa na construção de monumentos relevantes. Um deles foi esta biblioteca. A construção da Biblioteca Joanina foi iniciada em 1717 a pedido do monarca, em pleno século das Luzes.
O rei português pretendia que o conhecimento fosse valorizado. A biblioteca afirma-se como um símbolo de amor à sabedoria. Podemos encontrar nela vários exemplares únicos no mundo.
A Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra é um património com mais de 300 anos. Esta biblioteca é uma obra-prima do Barroco. A sua beleza é inegável e merecedora dos maiores elogios. Será mesmo a mais bela Biblioteca Universitária do mundo.
O portal nobre destaca-se no exterior da Biblioteca Joanina. Ele apresenta-se encimado por um escudo nacional de proporções generosas. No seu interior, os seus dourados sumptuosos merecem ser destacados, existindo ainda elementos coloridos que se apresentam acompanhados pelas exóticas madeiras.
No interior da biblioteca, há três salas que se destacam por se evidenciarem como espaços encantadores que possibilitam a comunicação entre si. Esta comunicação é feita através de arcos idênticos ao portal. Eles estão revestidos por estantes, por inteiro. Eles estão decorados com motivos chineses.
A nave central da biblioteca também é interessante. Trata-se de um elemento singular da construção, contribuindo para que a estrutura se assemelhe à de uma capela. Existe um retrato de D. João V a ocupar o lugar do altar.
Nesta biblioteca, trabalharam muitos artistas de inegável talento, nomeadamente os melhores mestres em pintura de frescos da época, os melhores entalhadores, os melhores douradores, entre outros. Por isso, esta apresenta a excelência, o que há de melhor em diversas áreas.
Quem visitar a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra à noite pode testemunhar a presença de morcegos. O cenário pode assemelhar-se ao de um filme de terror. No entanto, estes seres estão a cumprir uma função importante: são os guardiões dos raríssimos livros da instituição.
Os morcegos presentes na Biblioteca Joanina habitam o espaço para prestar um serviço. Durante o dia, os morcegos ocupam o espaço atrás das estantes. Contudo, quando o sol se põe, eles desempenham um papel fundamental, contribuindo para a preservação dos manuscritos da instituição.
A sua presença não só não danifica os livros, como estes seres notívagos atuam no sentido contrário, fazendo reduzir a população de insetos, que se revela o maior perigo para a coleção de livros.
Existem muitas espécies de insetos que são perigosas, porque roem o papel. Por isso, constituem um perigo para os livros raríssimos que são património da biblioteca de Coimbra. Alguns datam de antes do século XIX.
Ora, os morcegos alimentam-se destes insetos. Por isso, são os guardiões dos livros. Durante a noite, caçam insetos e impedem que estes destruam o património.
Contudo, mesmo os morcegos representam uma ameaça facilmente resolvida. As suas fezes poderiam causar problemas. A solução dos bibliotecários para proteger o património da biblioteca joanina consiste em cobrir à noite as mesas do século XVIII com tecido feito de pele de animal. Posteriormente, todas as manhãs, eles limpam o chão. O património foi salvo, porque o exército de pequenos Batman salvou a noite.
Curiosamente, a biblioteca joanina chegou a chamar-se Casa da Livraria… Nela, podemos encontrar um património de valor incalculável. Entre as diversas riquezas únicas locais estão os seus frescos, feitos pelos melhores artistas da época. Além disso, podemos encontrar obras verdadeiramente notáveis.
Há uma coleção de milhares de livros, um património de valor incalculável. Alguns exemplares são bastante raros, muito antigos e, por isso, bastante valiosos. A organização deste património que conta com mais de 70 mil volumes está bem evidente. Os livros encontram-se devidamente ordenados em estantes que se erguem até ao topo e chegam ao teto. É no andar nobre da biblioteca joanina que se encontra a maioria dos exemplares.
A primeira edição dos Lusíadas revela-se um exemplo dos autênticos tesouros que se encontram nesta biblioteca. Outra joia da biblioteca joanina é o exemplar da Bíblia Hebraica que revela a qualidade do património da biblioteca.
No vasto espólio da biblioteca, existe outra pérola de valor inestimável: o primeiro de três volumes manuscritos do Antigo Testamento.
Related Images:
PUBLICIDADE