Região

“Entulho” fecha estrada “perdida na Beira”

Notícias de Coimbra | 4 meses atrás em 23-12-2024

Imagem: DR

A estrada que liga o concelho da Pampilhosa da Serra ao de Oleiros encontra-se há vários anos encerrada, o que tem causado diversos transtornos aos habitantes da região.

O bloqueio da via, provocado por “entulho”, impede a passagem entre as localidades de Janeiro de Baixo e Admoço, obrigando os moradores a fazer desvios significativos para se deslocarem, denúncia ao NDC um munícipe deste concelho do distrito de Coimbra.

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Este problema tem vindo a ser uma preocupação para os residentes locais, especialmente devido ao impacto negativo que tem na mobilidade e no desenvolvimento da região.

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João Barreto expressa o seu descontentamento, destacando que “o encerramento da estrada já dura há mais de quatro anos e que a situação contribui para agravar a desertificação e o envelhecimento da população local”.

O homem que tem casa há 40 anos em Janeiro de Baixo,  também, lamenta o facto de, ao contrário de áreas urbanas, onde problemas semelhantes seriam rapidamente resolvidos, a situação no interior do país parece ser negligenciada.

“Lembro-me de uma aldeia perdida na beira, assim começa a música do Tony Carreira Sonhos de Menino e Janeiro de Baixo enquadra-se nesta música, porque é uma aldeia perdida na beira”, adverte, frisando: “Queremos a estrada aberta”.

“Esta situação é talvez das mais absurdas que já presenciei até hoje, uma estrada fechada com entulho, colocado por ordem do presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra. Foi a maneira que entendeu fechar uma estrada. Não será inédito?”, salienta João Barreto.

O nosso jornal contactou a autarquia e em resposta, o presidente da autarquia, afirma que a “estrada é de competência municipal, mas que a sua resolução envolve também a colaboração do município de Oleiros e do Governo central”.

Jorge Custódio esclarece que, não são exatamente quatro anos, mas “cerca de três anos”, referindo que a situação “não é assim tão simples” e que o executivo têm-se desdobrado para resolver a situação.

O edil reforça que a autarquia continua a diligenciar para uma solução que permita avançar com a obra, lembrando que o valor para arranjar a via ronda “1,2 milhões de euros”.

“O encerramento da estrada é uma questão de segurança”, frisando que o problema é a erosão da encosta, onde há risco identificado de queda de pedras.

Jorge Custódio contou ao NDC que numa primeira fase foram colocadas “baias metálicas”, que eram de imediato retiradas, pelo que foi necessário trancar o acesso com “um monte de pedras e terra”.

“Não foi despejar entulho”, diz, garantindo que a autarquia “não se coloca fora do problema”, mas recusa abrir a estrada, porque “é “criar uma ratoeira” que coloca vidas em perigo.

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