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Modelo de Cantanhede e o crime que escandalizou dois continentes
O caso do homicídio de Carlos Castro por Renato Seabra é uma história marcante e trágica, que teve um grande impacto tanto em Portugal como nos Estados Unidos.
O crime, ocorrido a 7 de janeiro de 2011, permanece na memória coletiva pela sua brutalidade e pelos elementos que envolviam a relação entre os dois protagonistas.
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Carlos Castro, um reconhecido cronista social de 65 anos, foi morto e mutilado por Renato Seabra, um jovem modelo de Cantanhede, num quarto de hotel em Nova Iorque.
A relação entre os dois começou em 2010, quando Castro ofereceu ajuda a Renato para a sua carreira como modelo, após contactá-lo pelo facebook.
Pouco tempo depois, o relacionamento tornou-se também romântico.
Os detalhes do crime são chocantes. Renato atacou Carlos com um saca-rolhas, numa ação descrita pelos peritos como de extrema violência.
Durante o julgamento, a defesa tentou alegar que Renato sofria de perturbações mentais, mas o tribunal considerou-o culpado de homicídio em segundo grau, condenando-o a prisão perpétua com possibilidade de liberdade condicional apenas a partir de 2036.
Desde que foi condenado, Renato Seabra tem mantido uma conduta exemplar. O modelo de Cantanhede participa em atividades como a confeção de roupas e ajuda na missa, demonstrando arrependimento e empenho em manter-se produtivo.
Em 2013, numa carta emotiva, expressou a sua angústia e esperança, pedindo um milagre para a redução da sua pena.
Apesar disso, a possibilidade de liberdade condicional dependerá de decisões futuras dos tribunais americanos.
A mãe de Renato, que inicialmente viveu em Nova Iorque para apoiar o filho, foi obrigada a regressar a Portugal devido ao elevado custo de vida. Apesar da distância, visita-o regularmente, mantendo um vínculo próximo e constante.
Em janeiro de 2025, o caso completará 14 anos.
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