O projeto “Doutores do Ritmo” já não deixa ninguém indiferente no Hospital Pediátrico de Coimbra.
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Lançado há pouco mais de um mês, fruto de um protocolo estabelecido com a Liga Portuguesa contra o Cancro, este projeto tem como principal responsável o musicoterapeuta chileno Davys Espíndola Moreno.
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Fruto da sua experiência em países sulamericanos, onde criou algumas orquestras juvenis. No seu país natal, eram projetos com crianças que viam na música um modo de promoção do seu desenvolvimento social.
“Depois fui para o Peru, onde trabalhei com crianças de risco social. No Brasil, estudei musicoterapia, tendo terminado o mestrado na educação e trabalhei numa associação de crianças autistas. Trabalhei muito com autismo, associado a problemas comportamentais severos”, referiu.
Há seis anos, Davys Moreno veio tirar o doutoramento na Universidade de Aveiro sobre o tema “Inclusão de crianças com paralisia cerebral no ensino artístico especializado da música: da investigação à ação”.
Terminada esta formação, decidiu arranjar forma de proporcionar soluções para que as crianças com paralisia cerebral aprendam música.
Neste momento, já tem uma criança que toca piano, “graças a um software que foi construído na Universidade de Milão, e que permite ao menor tocar piano apenas com os olhos.
Fruto deste trabalho apresentou um projeto na Liga Portuguesa contra o Cancro denominado “Doutores do Ritmo” que começou a ser implementado no Hospital Pediátrico de Coimbra.
De novembro até quarta-feira, tem trabalhado com cerca de meia centena de utentes da unidade hospitalar que se encontram em tratamento na Oncologia e Nefrologia e em que, através do empréstimo de instrumentos musicais, estes aprendem música e, dessa forma, conseguem “desligar-se um bocado da doença que estão a vivenciar”.
Veja o Direto NDC com David Moreno
“O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos utentes”, afirmou o musicoterapeuta ao Notícias de Coimbra. A resposta tem sido bastante positiva e permitiu que esta quarta-feira, 18 dezembro, já pudessem tocar instrumentos como o violino, guitarra, ukelele ou teclados na Festa de Natal.
“A ideia é demonstrar que a música deve estar presente em todos nós. Estamos a iniciar no Hospital <pediátrico, mas a ideia é que depois se estenda a todos os hospitais e quem sabe à comunidade inteira, porque a música e a cultura devem estar presentem em todos nós”, disse.
Veja o Direto NDC com a apresentação dos “Doutores do Ritmo”
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