Coimbra
Presidente do Comité Internacional recebe Ordem Paralímpica em Coimbra
O presidente do Comité Paralímpico Internacional recebeu hoje, em Coimbra, a Ordem Paralímpica do Comité português pelo seu papel em prol de uma sociedade mais inclusiva e do movimento dos atletas com deficiência.
“Fiquei muito emocionado pelo carinho do Comité Paralímpico de Portugal, um país que tem evoluído muito no desporto paralímpico e que entende para onde o Comité Internacional quer caminhar como movimento”, salientou aos jornalistas o brasileiro Andrew Parsons.
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O dirigente foi distinguido no final do seminário “Desporto Paralímpico: O conhecimento importa”, que decorreu durante a tarde no auditório Rui de Alarcão, da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.
Questionado pelos jornalistas, o presidente do Comité Internacional destacou, na sua presidência, o crescimento dos Jogos Paralímpicos, que registaram este ano em Paris a maior edição da história e os mais bem-sucedidos.
Andrew Parsons salientou ainda que o posicionamento do movimento paralímpico está ligado “ao movimento de inclusão das pessoas com deficiência” e que os Jogos Paralímpicos funcionam “como plataforma de inclusão, com desporto e medalhas, mas com o propósito de mudar o mundo para melhor”.
“Isto foi possível numa combinação de esforços, trazendo o movimento paralímpico todo junto e fazendo com que cada comité nos seus países mostrasse aos seus governos e sociedades que o desporto paralímpico é competição, mas também mudança”, disse.
Para o novo ciclo paralímpico, que vai culminar nos jogos de 2028 em Los Angeles, nos Estados Unidos, o presidente do Comité Internacional estabeleceu como objetivo continuar o crescimento do movimento paralímpico e, no final, dizer que foi a edição “mais espetacular da história”.
“Para o crescimento, os Estados Unidos é um mercado importante ao nível de patrocínios e televisão, em que o movimento paralímpico não está tão consolidado, e vamos tentar seguir a trajetória de ter mais países, modalidades e atletas a participar”, sublinhou.
A estratégia, segundo Andrew Parsons, passa por acompanhar de muito perto o movimento desportivo e o das pessoas com deficiência para “entender o que querem e fazer dos Jogos Paralímpicos uma plataforma para eles”.
Outro dos objetivos passa por chegar aos Jogos Paralímpicos de Brisbane 2032, na Austrália, com 50% de atletas participantes do sexo feminino, percentagem que atualmente se situa nos 42,5%.
Na sua intervenção durante o seminário, o dirigente defendeu que ainda é necessário quebrar barreiras, que muitas vezes estão na legislação, na arquitetura e nos usos e costumes das sociedades, embora “algumas estejam também na cabeça das pessoas com deficiência, sem deficiência e nas famílias”.
O secretário de Estado do Desporto, que se associou à homenagem, considerou que Andrew Parsons “tem realizado um trabalho extraordinário em termos daquilo que é a inclusão no desporto”.
Aos jornalistas, Pedro Dias reiterou que a inclusão no desporto é uma das prioridades do executivo da Aliança Democrática, que tem pela frente o desafio de criar medidas que aumentem a oferta de prática desportiva para pessoas com deficiência e melhorem as condições para que essa prática surja.
“Este será, seguramente, o principal desafio do Governo num dos quatro pilares que temos para o desporto nesta legislatura”, realçou o governante, que anunciou para breve a divulgação de novas medidas, “para ser consequente com o que está no programa de Governo”.
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