Economia
CP com buraco 278,4 milhões de euros
A CP – Comboios de Portugal atingiu em 2015 um valor recorde de proveitos de tráfego, ultrapassando os 220 milhões de euros, mais 6 milhões de euros que no ano anterior, consolidando assim, segundo a empresa, um ciclo de crescimento sustentado que se prolonga há mais de dois anos.
Os gastos operacionais da empresa dirigida pelo conimbricense Manuel Queiró foram reduzidos em 7%, com especial relevo para as poupanças com a energia e com a infraestrutura.
Estes resultados permitiram que o EBITDA se mantivesse positivo em 3,8 milhões de euros, não obstante a ausência, pela primeira vez, de atribuição de Indemnizações Compensatórias.
O Resultado Financeiro registou uma melhoria de 95,8 milhões de euros, em função da redução da dívida financeira da empresa em 15%, consequência do apoio do Estado para o financiamento do serviço da dívida e dos investimentos e da descida generalizada das taxas de juro.
A CP encerrou o exercício de 2015 com um Resultado Líquido negativo de 278,4 milhões de euros.
O agravamento deste resultado face ao ano anterior decorre da ausência de Indemnizações Compensatórias (-18 milhões de euros), do reconhecimento de responsabilidades com o pessoal (no designado “processo dos variáveis”), relativas a anos anteriores, no valor de 27 milhões de euros e da assunção contabilística do acordo de venda direta de referência da CP Carga (-85 milhões de euros), concretizada em janeiro de 2016.
Para 2016, o presidente da transportadora ferroviária nacional perspetiva “a continuação do crescimento real de passageiros e proveitos, sustentados pelo potencial da gestão de uma rede integrada de serviços, pelo crescimento da economia nacional e em particular da atividade turística e também pela inevitável necessidade de desenvolvimento do transporte público, designadamente o reforço do modo ferroviário, consolidando assim a trajetória de sustentabilidade da Empresa.”.
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