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Orçamento de Condeixa para 2025 ronda os 36 milhões de euros
O orçamento do município de Condeixa-a-Nova para 2025 ascende a 35,8 milhões de euros, de acordo com a proposta aprovada pelo executivo de maioria socialista com votos contra do PSD.
Este orçamento “atinge o montante histórico de 35 milhões e 772 mil euros”, informou a Câmara liderada por Nuno Moita, realçando um aumento significativo superior a nove milhões de euros face ao de 2024.
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O autarca do PS, citado num comunicado enviado à agência Lusa, afirmou que o orçamento e as grandes opções do plano (GOP) refletem “a continuidade de uma gestão focada em sustentabilidade, inovação e coesão territorial”.
Uma gestão que se destaca “pelo reforço de investimentos estratégicos para o desenvolvimento do concelho, nomeadamente a valorização [da cidade romana] de Conímbriga e a requalificação da Escola Secundária Fernando Namora e do Centro de Saúde” de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra.
Os documentos previsionais foram aprovados pelo executivo, no dia 29 de novembro, com quatro votos a favor do PS e três contra da oposição social-democrata.
“A maior parte do crescimento do orçamento está relacionado com as transferências provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2030, que possibilitam avançar com projetos estruturantes, muitos deles com impacto direto na qualidade de vida da população e no desenvolvimento económico local”, segundo a nota de imprensa.
Para Nuno Moita, que em 2025 termina o terceiro mandato sem interrupções à frente da autarquia, trata-se de um orçamento “que encerra mais um ciclo político”.
“Procura lançar as bases para o futuro, assegurando o início de um conjunto de investimentos fundamentais que vão ajudar ao desenvolvimento futuro de Condeixa-a-Nova”, acrescentou.
Entre os projetos mais relevantes previstos para 2025, surgem a requalificação do Museu Nacional de Conímbriga, “consolidando Condeixa como um polo cultural de referência”, e a reabilitação da Escola Secundária e da Escola Básica 2.º e 3.º Ciclos.
A requalificação do Centro de Saúde, a beneficiação da piscina da Ega, a reabilitação de três habitações na rua Alfredo Pires de Miranda e a concretização do programa Bairros Comerciais Digitais “são outros dos exemplos mais relevantes”.
Estes projetos, segundo a autarquia, “refletem também a consolidação da descentralização de competências nas áreas da educação, ação social e saúde, “garantindo respostas mais eficazes”, segundo a autarquia.
São mantidas medidas fiscais “que beneficiam diretamente as famílias e as pequenas empresas”, como a taxa mínima de 0,3% do IMI e as reduções adicionais para famílias com um, dois e três ou mais dependentes a cargo.
As pequenas empresas continuam isentas da derrama, desde que o volume de negócios não ultrapasse os 150 mil euros.
“É um orçamento de rigor que prioriza o apoio às famílias, a dinamização económica e a execução de projetos estruturantes”, considerou Nuno Moita.
Visão menos otimista do orçamento têm os eleitos do PSD, que votaram contra.
A Câmara de Condeixa-a-Nova “anuncia orçamentos recorde, mas a execução de projetos e obras fica muito aquém das expectativas”, declarou hoje à Lusa o vereador Silvino Capitão.
“O orçamento recorde para 2025 não resulta de uma ação proativa do executivo socialista, mas antes da sua inação”, criticou.
O também presidente da Comissão Política do PSD local disse que “várias obras financiadas pelo PPR não foram realizadas, nem sequer iniciadas em 2024”, ano em que o orçamento “teve um valor recorde que não foi executado”.
Alguns projetos “já foram promessas” para 2024, o que levou os vereadores do PSD a votarem contra o orçamento, “dada a sua falta de credibilidade”, concluiu Silvino Capitão.
Os documentos carecem ainda de discussão e votação pela Assembleia Municipal, na qual o PS está em maioria.
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