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Montemor-o-Velho celebra igualdade com conjunto escultórico de 68 mil anilhas
Cerca de 68 mil anilhas dão vida a conjunto escultórico, composto por 17 elementos, que pretende celebrar a igualdade e a não discriminação em Montemor-o-Velho, reforçando ainda a ligação entre a população e a frente ribeirinha.
O conjunto escultórico intitulado “Montemor sente igualdade” é da autoria do escultor Carlos de Oliveira Correia, que construiu sete núcleos, com um total de 17 elementos.
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Na inauguração, que decorreu durante a manhã de hoje, dia em que se assinalam os Direitos Humanos, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, sublinhou que este conjunto escultórico convida as pessoas a refletirem sobre a igualdade e os direitos humanos.
“Foi feito por uma pessoa muito especial, que disse que sempre que vier a Montemor e encontrar algo estragado, irá reparar gratuitamente, enquanto for vivo”, referiu.
Já o escultor Carlos de Oliveira Correia explicou que o seu trabalho, em estilo figurativo, nasce da modelação e junção de anilhas, e pretende “encarnar a igualdade” e o que ela representa para as gentes de Montemor.
“Igualdade não é sermos todos iguais, porque não o somos. Igualdade é, enquanto sociedade, a capacidade de enaltecermos as capacidades de todas as pessoas e de dar oportunidade de sermos o que somos, independentemente do que nos distingue”, apontou.
Um dos núcleos é constituído pelo planeta terra que, no seu interior tem uma criança aprisionada e que tenta libertar-se, representado a luta contra a opressão e o preconceito.
As desigualdades socioeconómicas e culturais estão representadas com um homem a subir uma escadaria de livros, indicando a escola enquanto elevador social.
Um casal multiétnico pretende chamar a atenção para a não discriminação de minorias étnicas, enquanto outro núcleo representa a igualdade parental, mostrando a partilha de tarefas em contexto familiar.
Um baloiço equilibrado partilhado por um homem e uma mulher procura espelhar a igualdade de género, enquanto a inclusão de pessoas com deficiências está representada em dois atletas, um deles com uma prótese.
Também a não discriminação em razão da orientação sexual está representada, através de um casal homossexual.
A instalação do conjunto escultórico na frente ribeirinha da vila de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, permite o contacto direto entre a obra, produzidas à escala real, e os visitantes.
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