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Quem são as 10 pessoas que moldaram a ciência?
O primeiro cientista que tocou em amostras de solo da Lua ou a investigadora que é “espiada” pela Rússia por expor a fraude científica figuram este ano na lista da revista Nature das 10 pessoas que moldaram a ciência.
O geólogo Li Chunlai, da Administração Espacial Nacional da China, foi o primeiro cientista a colocar as mãos em amostras de solo da Lua, enviadas para a Terra este ano pela missão Chang’e 6.
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Anna Abalkina, investigadora do Instituto de Estudos do Leste Europeu da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, viu o seu nome inscrito numa lista de observação do Estado russo por procurar e expor fraudes nas publicações científicas, incluindo o plágio.
A lista da Nature, hoje divulgada, resulta de uma seleção compilada pelos editores da revista científica e destaca as 10 pessoas que “tiveram um papel em alguns dos momentos mais significativos da ciência em 2024”.
O epidemiologista Placide Mbala, do Instituto Nacional de Investigação Biomédica de Kinshasa, na República Democrática do Congo, soou o alerta para um surto mortal de ‘mpox’ (infeção viral) no país.
Segundo a Nature, Placide Mbala “previu com precisão a capacidade de o vírus se espalhar além das fronteiras da República Democrática do Congo e defendeu um maior foco global nestes surtos para apoiar respostas mais rápidas e salvar vidas”.
Uma advogada suíça, Cordelia Bähr, foi escolhida por ter representado com sucesso milhares de mulheres numa ação judicial histórica a defender que as alterações climáticas são uma questão de direitos humanos, enquanto o economista Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz de 2006, foi selecionado por ter respondido ao apelo para se tornar líder interino do Bangladesh na sequência de uma revolução liderada por estudantes.
Kaitlin Kharas, doutoranda na Universidade de Toronto, no Canadá, destacou-se pelo seu envolvimento numa campanha que levou ao primeiro aumento salarial dos cientistas canadianos em 20 anos e o médico Huji Xu, da Universidade Médica Naval de Xangai, na China, relevou-se por ter desenvolvido tratamentos bem-sucedidos para doenças autoimunes, utilizando células T derivadas de dadores e editadas por ferramentas genéticas.
O físico Ekkehard Peik, do Instituto Nacional de Metrologia da Alemanha, registou o primeiro tiquetaque de um relógio sintonizado na frequência de um núcleo atómico, “que promete um dia fornecer tecnologia que pode superar a precisão dos atuais relógios atómicos”.
A lista da Nature de 2024 fica completa com a astrónoma Wendy Freedman, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, que apresentou resultados que podem vir a resolver o mistério sobre a velocidade da expansão do Universo, e com Rémi Lam, investigador na empresa Google DeepMind, que produziu ferramentas de inteligência artificial para a previsão meteorológica, tornando-a mais rápida e precisa que os modelos convencionais.
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