A Exlabesa é a mais recente empresa a instalar-se na Zona Industrial de Soure. O projeto demorou 20 anos a ser concretizado, mas a ambição para este centro é de que ele possa crescer para empregar 400 trabalhadores.
O grupo líder mundial na extrusão e fabrico de componentes industriais de alumínio é o mais recente inquilino da Zona Industrial de Soure. A Exlabesa, com sede na Galiza, lançou a primeira pedra há 20 anos, mas só esta segunda-feira 9 de dezembro foi possível inaugurar a primeira unidade em solo português.
Foi o pároco local que lembrou o facto de ter sido ele a participar “no lançamento” da primeira pedra da empresa que representou um investimento de cerca de 30 milhões de euros, com a criação direta de cerca de 60 postos de trabalho e que dará origem a 120 postos de trabalho diretos.
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Imagens da inauguração da Exlabesa
Esta nova fábrica junta-se a outros nove centros de produção da empresa, localizados – estrategicamente – nos Estados Unidos da América, Reino Unido, Espanha, França, Alemanha, Polónia e Marrocos. A partir destas instalações, a Exlabesa serve cerca de 16.000 clientes em 40 países.
A nova unidade está implantada num terreno com mais de 86.000 metros quadrados e com uma área coberta de mais de 10.000 metros quadrados e dispõe de duas linhas de extrusão de 2.800 toneladas, possuindo, ainda uma linha de revestimento vertical com capacidade para processar perfis até 7.200 mm de comprimento.
Os meios de produção avançados permitem uma capacidade anual de 16.000 toneladas de perfis extrudidos., contando-se estas modernas instalações entre as mais avançadas da Europa.
Em declarações ao Notícias de Coimbra, o proprietário do grupo Fernando Quintá recordou que foi a crise de 2012 que atrasou este investimento, tendo sido apenas retomado há 3 anos atrás.
“Graças à ajuda das autoridades locais, que puxaram por nós para decidirmos continuar cá”, referiu, reconhecendo que o objetivo é ampliar as atuais instalações.
Veja o Direto com Fernando Quintá
Do lado da autarquia, o presidente Mário Jorge Nunes afirmou que tentou logo em 2013 perceber junto dos serviços e do grupo as razões para o investimento previsto em 2004 não ter avançado até então.
“Foram ultrapassados os constrangimentos, foram criadas oportunidades, e, portanto, em boa hora, numa altura em que também o mundo e a Europa precisa de ter capacidade produtiva própria, esta empresa decidiu, em vez de ir para outros continentes, levar a cabo o seu investimento em Soure”, disse.
Sobre o projeto de ampliação das instalações, o autarca afirmou que já foi entregue nos serviços da autarquia “um esboço da vontade do investimento arquitetónico” que irão obrigar a adaptações “ao nível do plano de pormenor” para acolher essa vontade.
“Trata-se mais de uma questão cadastral, já que é necessário “unificar os lotes que estão a comprar para caber as novas unidades de produção”, frisou.
Veja o Direto com Mário Jorge Nunes
Com um ambicioso plano de expansão em Portugal, a empresa aposta no novo centro de produção. Apoiado por um plano de investimento de mais de 45 milhões de euros, para os próximos anos, isso inclui a expansão das instalações para 31.000 metros quadrados, bem como a incorporação de três prensas adicionais: duas de 3.500 toneladas e uma de 4.500 toneladas.
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