Política

Distrital do PS/Coimbra promete agir com bom senso em Condeixa (sem falar de Soure)

Notícias de Coimbra | 2 semanas atrás em 06-12-2024

A Federação distrital do PS/Coimbra acaba de se comprometer a indigitar um(a) candidato(a) à Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova que “una o maior número possível de militantes, simpatizantes e eleitores”.

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A promessa, que contempla a pretensão de superar “divisões internas”, surge na sequência da avocação feita, quarta-feira, pela Comissão Política da Federação.

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 A estrutura partidária de âmbito distrital assume “a responsabilidade de auscultar todas as partes e de continuar a dialogar com os agentes locais, incluindo a Comissão Concelhia e secções” do PS/Condeixa, bem como eleitos locais e membros das duas recentes candidaturas à estrutura socialista condeixense.

A Federação não explica, porém, a diferença de tratamento adoptada para os concelhos de Condeixa-a-Nova e Soure, sendo que ali a indigitação de Joao Gouveia para candidato à Câmara ocorreu durante a primeira reunião da nova Concelhia socialista sourense. Acresce que em ambos os territórios as eleições para as comissões concelhias do PS foram decididas, em contexto de conflitualidade, por margens pouco mais do que tangenciais.

“Lamento profundamente não ter sido possível alcançar uma solução conjunta com a Concelhia [socialista de Condeixa], até ao momento, mas mantenho a convicção de que esta decisão é necessária para salvaguardar a unidade (…) e os ideais do PS”, alega o líder partidário distrital, João Portugal.

Para ele, é “inaceitável que, enquanto eram feitos esforços incansáveis para encontrar consensos alargados, uma das partes tenha decidido avançar unilateralmente com uma decisão a ferir gravemente a democracia interna do partido”.

Segundo João Portugal – que na disputa pela liderança da Federação do PS/Coimbra em 2022 se aliou ao presidente cessante da Câmara de Condeixa-a-Nova, Nuno Moita, depois de terem sido opositores em 2020 -, a resolução para fundamentar a avocação está assente “num conjunto de nove factores que demonstram a inviabilidade de um processo autónomo pela Concelhia” socialista condeixense.

Para a Federação distrital de Coimbra do PS, a Concelhia de Condeixa encontra-se “fraccionada após um processo eleitoral interno marcado por resultados com margens mínimas, com contestações ainda pendentes de decisões judiciais”.

Ao lamentar “quebra de confiança” e alegada irresponsabilidade “por decisões que só agravam a polarização de militantes, simpatizantes e eleitores e dificultam a identificação de uma candidatura unificadora”, João Portugal considera que “lealdade e respeito entre estruturas (…) são imprescindíveis para assegurar o bom nome do PS e uma escolha democrática e agregadora”.

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